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De acordo com a assessora licenciada pela Prefeitura Municipal de Araxá e consultora ambiental do Projeto Terras-Raras, Rosângela Eugênia do Amaral Rios, a exploração das terras-raras será de muito valor para cidade de Araxá, sem praticamente nenhuma degradação ambiental que inviabilize o projeto. É uma planta que utiliza de grande recurso tecnológico e utilizará áreas para minerar, contribuindo com a redução do passivo ambiental. Dos 17 elementos químicos, conjunto a que se dá o nome de terras-raras, 12 podem estar aqui no Barreiro.

A consultora explicou que a atividade minerária do Barreiro de Araxá produziu um volume considerável de rejeitos, que hoje passa a ser parte da reserva de terras-raras. A mineração desses elementos químicos trará um benefício quanto a esse passivo ambiental.

Rosângela acrescentou que a MBAC não fará a usina de beneficiamento na área onde se encontram os minerais. “Existe a possibilidade de esse minério ser transportado por linha férrea para área que seja contemplada com um anel ferroviário ou até mesmo levar esse minério em caminhões. O volume a ser minerado é muito pequeno em proporção ao que se faz para mineração de fertilizantes.”

A unidade de beneficiamento vai demandar um grande parque tecnológico. “Para cada elemento, você tem uma tecnologia de extração. Ela vai se instalar fora da Bacia do Barreiro, fora do perímetro urbano, em uma área controlada que não vai causar nenhum dano ao município, à comunidade ou às cidades vizinhas”, completou.

Rosângela afirmou que, com a evolução tecnológica, a cada dia surge um novo produto que se utiliza de algum elemento de terras-raras. Hoje eles são utilizados em monitores, displays de celulares, smartphones, lentes para óculos e muitos outros. “Poderemos ter, no futuro, a instalação, em Araxá, de grandes indústrias que utilizam das terras-raras para seus produtos, que hoje estão sendo obrigadas a se instalarem na China por ela ser detentora de 93% da extração do minério de terras-raras, correndo riscos de o país plagiar os seus produtos e formar um grande Parque Tecnológico”, acrescentou.

Rosângela informou que não há nenhum risco de contaminação relacionado aos materiais radioativos. “Eles existem naturalmente na bacia do barreiro e todo processo que extrai esses minerais precisa ser separado e, como [agem] as outras mineradoras, esses minerais são dispostos com todos os cuidados ambientais necessários. Esses minerais pertencem à União e por isso são estratégicos. Não existe nenhum risco de que, na produção dessas terras-raras, possa haver qualquer tipo de contaminação radioativa para o município e o cidadão. Ao separar esses minerais, a empresa dará uma destinação correta, de acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear”, citou.

Diante da preocupação quanto à poluição do solo, do ar e da água, ela esclareceu que toda empresa que se instala em um município para fazer um beneficiamento mineral não trabalha com o risco de contaminação desses meios. “Toda empresa que se instala tem que apresentar um estudo de impacto ambiental, o plano de ambiental aprovado pelo Conselho de Política do Estado de Minas Gerais (Copam) com condicionantes de monitoramento e certificações internacionais que as mineradoras de Araxá possuem hoje, que são ISO-9000, ISO-14000, ISO-18000, para trabalhar com essa sustentabilidade com qualidade de vida”, finalizou.

A expectativa é de que para o final do ano seja concluída toda a fase de pesquisas para confirmação do teor e quantidade dos minérios para o início da implantação da usina piloto.

Por admin

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