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São Paulo, (AE) – O BMW 320i ActiveFlex é um alemão à brasileira. O sedã, cujo preço sugerido parte de R$ 133.950 (R$ 143.950 na versão avaliada, GP), mantém as características do tradicional carro feito na Alemanha, mas ganha um toque de Brasil com a possibilidade de usar etanol, além da gasolina. Tecnologia que surgiu no País e tornou-se obrigatória em nosso mercado nos segmentos abaixo de R$ 100 mil.

É a primeira amostra da nacionalização dos BMW, que será concluída quando a marca passar a produzir carros em Araquari (SC), até o início de 2015. O Série 3 – do qual o 320i é uma versão – é um dos confirmados para ser brasileiro.

O motor 2.0 é o primeiro turbo do mundo com tecnologia flexível. Ele dispensa o uso do tanque de gasolina auxiliar para partida, ainda presente na maioria dos carros nacionais.

Com 184 cv de potência e 27,5 mkgf de torque – independentemente do combustível utilizado -, o 320i mantém os números do modelo apenas a gasolina. Inclusive na hora de acelerar. De acordo com informações da BMW, o sedã flexível continua levando 7,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h. O único câmbio disponível é o automático de oito marchas.

Durante a avaliação, o 320i bicombustível não mostrou mudanças em seu comportamento. As rápidas reações do acelerador, junto com as trocas de marcha bem escalonadas, mantêm a boa disposição do sedã, que é também muito firme em curvas.

Neste quesito, o trabalho da suspensão é muito bom e a tração traseira deixa a condução divertida. Porém, os pneus de perfil baixo – 225/50 – contribuem para algumas batidas secas em pisos imperfeitos.

Dos três modos de condução disponíveis, Sport, Comfort e Eco Pro, o último é o mais interessante. Ela mostra o lado “consciente” do Série 3. Todos os componentes do carro são reajustados eletronicamente para buscar a melhor eficiência – até o ar-condicionado passa a gastar menos energia.

No caso do câmbio, as trocas são feitas em rotação mais baixa. O resultado, durante a avaliação, foi consumo médio de 7,5 km/l, na cidade, apenas com etanol no tanque. Nada mau para um carro de 184 cv.

Para auxiliar nesta eficiência, há um sistema de regeneração acoplado ao freio do carro. Ele reduz o consumo recuperando energia no processo de frenagem e quando o motorista alivia o pé do acelerador.

A mais que a versão de entrada, que já vem com muitos itens de série – como ar-condicionado, direção assistida e programa eletrônico de estabilidade -, a GP tem sistema de entretenimento com internet, volante revestido de couro e rodas de 17 polegadas

PRÓS

MOTOR – O novo propulsor é, além de flexível, bastante econômico para um carro com potência de 184 cv. Além disso, tem desempenho interessante, principalmente no modo “Sport”, que deixa o sedã mais arisco.

CONTRAS

ESPAÇO – As pernas dos ocupantes da parte de trás do carro esbarram nos bancos da frente. Apesar dos bons 2,8 metros de distância entre os eixos, o túnel central é muito alto.

 

Por Editor1

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