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CORRER

28//06/2013- 18:24

PorEditor1

jun 28, 2013

Sempre quando via alguém na rua correndo, confesso que sentia uma enorme pontada de inveja.

A vontade de conseguir correr sempre me perseguiu, mas nunca tive preparo físico suficiente.

Não foram poucas as vezes que tentei, infrutiferamente, aventurar-me na corrida.

Em 2003, cansada de fracassar nessa empreitada,contratei um personal trainer para me auxiliar nesse processo e, concomitantemente, fiz a leitura  do livro “Semente da Vitória”, do renomado preparador físico Nuno Cobra.

O livro me ajudou muito, aliás, recomendo a todos que estão à procura de motivação para abandonar a zona de conforto.

A contratação de um profissional com bastante experiência em corrida de rua foi fundamental para me auxiliar nessa conquista, tanto através da elaboração de exercícios específicos quanto no acompanhamento lado a lado dos primeiros passos.

E assim comecei com toda dificuldade inerente a um atleta iniciante.

Iniciei correndo na rua de poste a poste. Nessa fase sentia muito desconforto, o batimento cardíaco acelerava rapidamente,ficava ofegante,corada,as pernas pesavam e o ato de parar superava a vontade de continuar.

Com persistência fui superando esse desconforto e aprendendo a lidar com a fadiga.

De poste em poste, fiz meu primeiro quilômetro. Em seguida, a volta do Barreiro, e após um semestre de treinamento consegui concluir, com média de velocidade de 8,20 km/h, os 18 km da Volta Internacional da Pampulha.Uma prova linda,internacionalmente conhecida e indispensável para o currículo de qualquer atleta mineiro, seja ele profissional ou amador.

Depois disso entrei na fase da maternidade. Vieram os filhos, o primeiro, o segundo, o terceiro… fiquei sem correr por dez anos,mas praticando esporte esse tempo todo.

Esse ano resolvi voltar. As dificuldades iniciais voltaram à tona, mas com determinação fui superando-as.

Há 15 dias consegui concluir uma prova de dez quilômetros do circuito Track Field Run Seris,em Uberlândia, com a mesma média de velocidade que fazia há dez anos. Como o percurso era ensolarado e com muitas subidas tive que trabalhar muito meu lado psicológico para não me render ao cansaço. Travei uma luta comigo mesma e venci. Ao avistar a linha de chegada, um entusiasmo incontrolável se apossou de mim.

Aquele meu dia foi inteiramente maravilhoso e até hoje, quando lembro da capacidade que tive de persistir,sinto-me fortalecida.Além disso, voltei com energia renovada e muito entusiasmada a continuar treinando.

Feliz de quem já vivenciou essa deliciosa sensação de superar os próprios limites.

Em termos de pódio, meu resultado não significa absolutamente nada, mas não enxergo por esse lado.

O que vejo é que em um país com 196,7 milhões de habitantes, só 350 pessoas se inscreveram naquela prova (na modalidade dos 10 km), eu fiz parte desse grupo e ainda consegui chegar a frente de alguns participantes.

PENSANDO NISSO…

“Inspiração vem dos outros, motivação vem de dentro de nós”

 

Por Editor1

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