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Jornal Interação – Professor, gostaríamos de saber como que você viu o time do Araxá diante do América: gostou da equipe? Foi aquilo que esperava?

Nei da Matta – Na verdade, a gente ficou feliz com o resultado. É muito gratificante você iniciar a competição vencendo, principalmente em uma competição que é igual o Campeonato Mineiro, que é um campeonato de tiro curto, não permite erros e, principalmente se você não pontuar em casa, se não buscar a vitória em casa, você acaba tendo dificuldade na sequência do campeonato. Lógico que a gente ficou satisfeito, mas sabendo que precisamos corrigir muita coisa no nosso time. É normal por não ter jogado muito, mas a gente precisa ajustar alguns setores para poder ter mais algumas situações de poder ofensivo dentro da nossa equipe.

JI – Houve falha no gol do América? Seria uma dessas correções?

NM – Na verdade, eu falo assim o seguinte. Eu treino muito o que o adversário faz e como a gente teve a oportunidade de jogar contra o Vinícius [Eutrópio], treinador do América, no Campeonato Brasileiro do ano passado, ele pelo Duque de Caxias, a gente sabia dessa jogada dele e treinamos a semana toda, mas os gols vão acontecer por erro mesmo, não tem jeito de crucificar um atleta ou outro. Se faz gol quando está bem concentrado e se toma gol é por falta de concentração. Eu acho que relaxamos naquele momento e acabamos sendo surpreendidos e o América fez o gol.

JI – No final do primeiro tempo, há sempre aquele relaxamento natural quando se está na frente do placar?

NM – A gente sofre muito. Nós deixamos de subir no ano passado com o Ipatinga por ter tomado aquele gol aos 43 minutos aqui [contra o Araxá, na final do Módulo II de 2012], poderia ter subido uma rodada antes contra o Tombense, tomamos um gol aos 44 minutos, estava ganhando o jogo, mas eu falo o seguinte: na minha vida, eu deixo sempre prevalecer a vontade de Deus. Aquele não era o momento para subir, já que Deus deu aquela felicidade de subir para a Série B do Campeonato Brasileiro, ser campeão da Taça Minas Gerais e no ano passado, não era o momento para subir, então, parabéns para o Araxá, que conseguiu o acesso e estamos aqui trabalhando.

JI – Na volta para o segundo tempo, qual foi o teor da conversa entre você e os jogadores para estar saindo com a vitória de2 a 1 diante do América?

NM – Precisava fazer um ajuste no setor defensivo nosso, principalmente porque estava muito distante tanto o Fabiano como o Osvaldir, que estava deixando os laterais rodarem muito dentro do nosso campo, porque isso é muito complicado, principalmente com o meio preenchido. A mudança que tivemos que fazer, achamos que o Michel estava aceitando muito a marcação e naquele momento do jogo, precisava de um jogador que mexia mais para abrir espaço para o Evandro entrar para poder fazer o gol e Deus abençoou, porque as coisas deram certo e conseguimos a vitória.

JI– Professor, e as perspectivas agora para o próximo jogo que é contra o Atlético?

NM – Jogo difícil. Eu acho legal essa participação do torcedor, essa empolgação da torcida e diretoria, mas nós, que comandamos, temos que ter um equilíbrio muito grande. A competição está apenas começando. Nós precisamos medir as nossas forças, principalmente com os clubes do interior. Iniciar a competição vencendo o favorito do título, que é o América, foi muito importante, deu confiança, deu credibilidade, mas não pode acomodar. Se acomodar, acaba a gente sendo surpreendido e jogando, por água abaixo, aquilo que fizemos dentro do nosso trabalho no Campeonato Mineiro.

Por Editor1

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