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Homem simples de origem humilde e de família modesta, o araxaense João Raimundo da Mota, mais conhecido como ‘Periquito’ tem história e fama, quando o assunto são as corridas de rua, maratonas e provas de pedestrianismo em Araxá, região e vários Estados Brasileiros.  Hoje aos 70 anos de idade Periquito, é figura importante na história do esporte local, que merece respeito e honras, ainda que no outono da vida ( 70 anos ) e com algumas limitações físicas e falta de apoio ( patrocínio) ainda corre, participa de competições Brasil a fora, sempre levando com orgulho e respeito o nome de Araxá, sua terra natal com toda galhardia. Para se ter uma idéia de seu valor e desempenho, Periquito, mais uma vez,  foi destaque na famosa Prova da São Silvestre, realizada no final do ano passado em São Paulo. Com brilho e destaque  o lendário e veterano João Raimundo da Mota,  completou sua 30ª São Silvestre. Periquito correu na categoria acima de 60 anos e chegou em 27º lugar. Muito emocionado e orgulhoso por mais uma maratona concluída, revelou, em prantos que,  “desde 1975, quando comecei a correr, já participei de muitas provas no Brasil inteiro, mas essa foi especial e muito importante para mim, pois foi a primeira corrida  que disputei depois de perder a minha fiel e amada esposa. Ela faleceu recentemente e sempre foi uma campeã na minha vida.”  O Veterano e incansável atleta, sempre faz questão de lembrar da importância da saudosa esposa Neuza em sua vida do corredor.  Sempre que ele toca no nome da eterna e sempre companheira, ele se emociona e conta que a companheira  Neuza, foi uma ferramenta de Deus que apareceu em sua vida e foi muito importante na fase mais real e verdadeira de sua vida como atleta e ser humano.

Desafiando o tempo: veterano maratonista araxaense corre atrás de novo recorde

Na história do atletismo araxaense, Periquito, sempre foi  nome é exemplo de dedicação e persistência ao esporte. Hoje ele se reveza entre a casa que tem em Brasília e Araxá,  onde pelo menos duas vezes a cada mês vem visitar a família e os amigos. Ele se orgulha de ser  único atleta de Araxá e um dos poucos do Brasil a completar a marca de 30 São Silvestres.  Mas eu só quero parar de correr quando Deus não permitir mais. O esporte é a minha vida”. Hoje aos  setenta anos, aposentado com um salário mínimo, sem apoio ( patrocínio ) e com pouca visão ( perdeu quase oitenta por cento da capacidade de enxergar em um acidente de trabalho em uma empresa da cidade ainda na década de 1970 ), Periquito é implacável e persistente ao desafiar o tempo e suas limitações, correndo em busca de saúde, qualidade de vida e dando uma lições para muita gente nova. A gloriosa carreira de João Raimundo da Mota,  começou nos anos 1958. Ele disse que  pegou gosto pelas corridas ainda criança, quando fazia suas caminhadas até o Barreiro para pescar. “Eu tinha muito preparo físico e, como era trabalhador braçal de roça e da construção civil, eu era muito forte e tinha muita energia. Eu fui incentivado, no começo, pelo professor Alberto Parreira Borges, o Parreirinha, que me orientava e dava dicas de alimentação correta, postura e como me portar nas competições”. Periquito, ao logo da carreira, disputou centenas de provas e maratonas de longa distância por todo o Brasil. Ele conta que ganhou muitas provas em Brasília, Uberlândia, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O maratonista sempre foi especialista em provas de longa distância. “Minha especialidade sempre foi velocidade e resistência.  Sempre muito bem-humorado e falastrão, o corredor, que também é apaixonado pelo time do Cruzeiro, revela que não tem planos para encerrar a carreira. “Correr é a minha vida, é saúde e me mantém em forma e de bem com a vida. Quero  mostrar que o esporte é capaz de mover sonhos e transformar a vida de  muita gente. Eu treino e corro todos os dias e só vou  parar quando Deus encerrar de vez a minha corrida aqui na Terra.” Entre aqueles que sempre acreditaram e deram forma em todas as horas ao corredor e vencedor Periquito, ele não deixa de lembrar dos amigos sinceros da Papelaria Rio ( Centro Rio) e hoje com o fiel amigo Xicão da Papelaria Brasil de Araxá, que sempre esteve ao lado dele e nunca deixou de acreditar na força e humildade de um homem guerreiro e vencedor pela fé e crença em Deus, sem medo dos novos desafios e percursos que a corrida da vida ainda lhe reserva.

Por Editor1

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