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dengue Araxá 1O mosquito Aedes aegypti continua apavorando e fazendo vítimas a cada dia em todo o Brasil. O número de casos de dengue, no Brasil, este ano, já é 52,3% maior do que o do mesmo período de 2015, ano que teve a maior epidemia de dengue da história do País. Até o fechamento desta edição, o Ministério da Saúde contabilizava, em todo o Brasil, 396.582 casos de dengue. Em Minas Gerais, com base no último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado esta semana, já foram registrados, em todo o Estado mineiro, 217.110 casos prováveis da doença. Ainda de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, 30 pessoas morreram este ano por causa da doença. O Estado ainda possui 125 óbitos suspeitos da doença, em investigação. A cidade com maior quantidade de mortes confirmadas é Juiz de Fora, na Zona da Mata. Minas Gerais tem 789 casos confirmados de zika em 2016, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 29, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em relação à febre chikungunya, Minas Gerais totaliza oito casos confirmados.

A SITUAÇÃO EM ARAXÁ

Esta semana, a reportagem do JORNAL INTERAÇÃO fez, junto ao Setor de Vigilância Ambiental da Prefeitura de Araxá, um “raio x” da situação da dengue no município. De acordo com a chefe do setor, Flávia Rios, “desde o início deste ano, a gente vem enfrentando uma situação preocupante em Araxá com o número crescente de casos de dengue em relação ao ano passado. A gente sabe que, como em Minas Gerais e em todo Brasil, Araxá também não ficou livre do aumento de casos confirmados, suspeitos e notificações da doença.” De acordo com Flávia Rios, até o início desta semana, os números oficiais da dengue no município de Araxá eram os seguintes: 2.187 notificações, 897 casos positivos (confirmados), 538 casos negativos (descartados), 752 casos estão aguardando resultado de exames e foi registrada uma morte causada pela doença”.  Para a coordenadora do Setor, “é por isso que, desde o início deste ano, nós estamos desenvolvendo várias ações para tentar conter esse crescimento de casos na cidade. É importante lembrar  que nós estamos  fazendo a nossa parte,  atuando de todas as formas e intensificando essas ações percorrendo todas as casas da cidade e mobilizando os agentes do setor, moradores, buscando parcerias com os agentes dos PSFs comunitários e mobilizando toda a comunidade escolar  de nossa cidade. Também utilizamos o carro fumacê, de acordo com o levantamento daqueles setores com maior número de casos.” Flávia revela, ainda: “Estamos buscando amparo e apoio legal do Judiciário para entrar nas casas fechadas ou em locais em que os moradores estão resistentes e não permitem o nosso trabalho. Recentemente nós realizamos o mutirão do bota-fora, colocando 80 caçambas em pontos estratégicos de todos os setores do município, para coletar aqueles recipientes que acumulam água e são criadouro do mosquito Aedes aegypti, mas infelizmente alguns moradores começaram a colocar o lixo doméstico nestas caçambas e até destruíram algumas delas, que eram alugadas. No entanto, nós não desistimos e contratamos dois caminhões  que estão trabalhando diretamente com nossos agentes, pois assim nós recolhemos e retiramos, das casas e dos quintais, somente aquilo que é relevante e necessário. E os  locais onde há acúmulo de material que pode ser criadouro do mosquito são levantados pelos próprios agentes do setor que passam em todas as casas da cidade, de dois em dois meses”.  Flávia também esclarece que “naquelas casas fechadas ou onde o proprietário não permite nossa entrada, nós estamos usando de mandado judicial para entrar e retirar esse material, inclusive com o apoio do serviço de chaveiros naquelas casas fechadas e tudo acompanhado da Polícia Militar.” Flávia Rios também afirma que existem muitas pessoas que são acumuladoras de objetos e materiais que são entulhos e não deixam retirar do quintal. Ela também lembra que recentemente foi montado em Araxá o Comitê de Enfrentamento ao Mosquito Aedes Aegypti, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde. “Trata-se de uma comissão formada por representantes de todos os segmentos organizados, constituídos e formais do município, visando a novas ideias, projetos e ações que possam ajudar a combater o mosquito”. Ela garante que sobre a Zika e aIMG_2734  Chikungunya “existem casos suspeitos em Araxá, mas, até agora, nenhum caso foi confirmado.” Flávia Rios garante que “vários fatores contribuíram para esse quadro atual da dengue, zika e chikungunya no Brasil e em Araxá: primeiro, as chuvas intensas e principalmente a falta de conscientização e ações preventivas da maioria da população em relação à falta de cuidado com os objetos e materiais que acumulam água e são criadouro do mosquito.” Finalizando ela revela que “hoje, em Araxá, o setor com maior número de notificações de casos de dengue é  o centro da cidade e entorno, com mais de 500 casos; em seguida, vem os bairros Alvorada, João Ribeiro, Pedro Pezutti, São Pedro, Santo Antônio, São Geraldo e Urciano Lemos [todos acima de 50 casos]”.

Por Editor1

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