Logo Jornal Interação

O último caso oficial de febre aftosa registrado no Estado de Minas Gerais, foi no ano de 1996. A doença infecciosa é causada por vírus. Ela atinge animais de cascos bipartidos, como bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. O vírus da febre aftosa é altamente contagioso e pode ser transmitido através da baba do animal, que contém grande quantidade de vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus durante a fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente, podendo resistir por meses na medula óssea do animal (mesmo depois de morto), no pasto, na farinha de ossos e no couro. A doença também pode ser transmitida por contato indireto, através de alimentos, água, ar, pássaros e humanos que cuidam dos animais, e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados, e infectar animais sadios. Os primeiros sintomas apresentados pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem grande dificuldade para se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A produção de leite, o crescimento e a engorda  ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas sabe-se  que ela atinge mais animais jovens, principalmente os que estão em aleitamento. Para continuar livre da doença que duas vezes por ano o IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária desenvolve campanhas para prevenir e combater a febre aftosa no Estado. Em Minas Gerais a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa, começou no último dia 1º de maio e vai se estender até o dia 31. Em entrevista ao JORNAL INTERAÇÃO, o Chefe do Escritório do IMA, em Araxá, Calimério Guimarães, disse que, “ em nossa Regional, aqui no Escritório do IMA de Araxá, nós temos um histórico muito positivo nas campanhas anteriores que varia entre 98 e 99 por cento  de imunização animal no município. Essa boa cobertura vacinal é o reflexo do bom trabalho do IMA e principalmente da conscientização dos produtores. Pois eles aja sabem da importância de manter o Estado de Minas Gerais, como área livre de febre aftosa.” De acordo com Calimério, o rebanho bovino e bubalino ( búfalo), no município de Araxá está em torno de 75 mil cabeças. Segundo ele, “ apesar do avanço de culturas como a soja e cana de açúcar  na região o pecuarista local está muito bem preparado e mantém a tradição por aqui.”  Para o Chefe do Escritório do IMA, “ as vezes o produtor vacina seu rebanho e demora em comprar a imunização aqui no Escritório do IMA, então a gente como Instituto responsável e fiscalizador, tem que ir atrás dele para resolver a situação.” O tratamento dessa doença é feito com a total desinfecção do local, fervura ou pasteurização do leite destinado ao consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos animais e tratamento com tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza. No Brasil, a prevenção dessa doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais, de forma que as recomendações do fabricante com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas.

Como o produtor deve agir:

Para adquirir a vacina basta o produtor se dirigir ao estabelecimento autorizado para a venda do produto, munido de carteira de identidade e CPF. Segundo Calimério, depois da  compra, a conservação correta é fundamental para garantir a eficácia na imunização do rebanho. “A vacina deve ser mantida em caixa de isopor com gelo, numa temperatura entre três e oito graus centígrados. Durante a aplicação, cuidar para que todo material esteja protegido na sombra”. Ele orienta também que, “ para comprovar a imunização do rebanho é necessário preencher o Formulário de Declaração de Vacinação, também conhecido como Carta Aviso de Vacinação. O pecuarista acessa o site www.ima.mg.gov.br, faz o lançamento das informações (número de bovinos e bubalinos existentes em sua propriedade e os animais imunizados por idade e sexo), imprime e leva junto com a nota fiscal das vacinas ao escritório do IMA da sua região.”

As penalidades:

O Chefe do Escritório do IMA, em Araxá, Calimério Guimarães, também revela que geralmente o Instituto realiza vacinação assistida. “ Trata-se de um agendamento do dia e hora e  o produtor espera a equipe do IMA chegar para acompanhar a vacinação. E todo ano a gente faz também uma sorologia que é a coleta de sangue de alguns animais para verificar se tem reação com a vacina e isto é um indicativo de que realmente o produtor está imunizando seu rebanho.” Finalizando o  Chefe do Escritório do IMA, disse que,” tentar fraudar a campanha e não vacinar o rebanho implica em graves penalidades e sanções além de multas pesadas por cada animal não imunizado.”

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *