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A operação das barragens das mineradoras do complexo de Araxá foi discutida na semana que passou  na Câmara Municipal.O fórum comunitário foi uma solicitação do Vereador Fabiano Santos Cunha (PRB) e contou com a participação de professores e alunos do Cefet eUniaraxá,representantes da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA),Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Associação Comercial, Industrial, de Turismo,Serviçose Agronegócios de Araxá (ACIA)e do Presidente da Câmara de Tapira, Vereador Elizeu Daniel Lourenço. Fabiano lembrou os desastres de Mariana e Brumadinho e afirmou que a perda do atestado de estabilidade das barragens B1 e B4 da empresa Mosaicgera preocupação à população. Marcos Lemos, gerente de gestão de barragens da CBMM, falou sobre as barragens da empresa. Ele afirmou que a companhia possui 8 depósitos deste tipo sendo 3 de contenção de sedimentos, 4 de disposição de rejeitos, e 1 de acumulação de água. Duas delas estão em operação e duas estão sendo trabalhadas para serem desativadas. O gerente falou sobre a segurança das barragens e citou as melhorias que estão sendo implantadas. Ele destacou o plano de segurança e o plano de ação em casos de emergência. As barragens são fiscalizadas por órgãos governamentais, inspecionadas e monitoradas de forma rotineira pela companhia e por empresas de auditoria externa. Marcos Lemos ainda apresentou um mapa que demonstra a área que seria afetada em uma situação hipotéticade ruptura: “Os estudos demonstram que não existe possibilidade dos fluxos de rejeitos ou de água atingirem a Zona Urbana da cidade de Araxá ou qualquer instalação interna da empresa que tenha posto de trabalho permanente.” Os vereadores lamentaram a ausência de representantes da Mosaic. Em justificativa enviada por e-mail a empresa explicou o motivo do não comparecimento: “em virtude da indisponibilidade de agenda dos executivos e do momento de total dedicação do corpo técnico no monitoramento e ações de conservação das barragens de Araxá”. O professor Felipe Russo, especialista em barragens e consultor da Agência Nacional de Mineração (ANM), respondeu algumas dúvidas apontadas pelos vereadores no caso da Mosaic: “As normas ficaram mais rigorosas. Não houve alteração significativa nos depósitos da empresa, ela perdeu o certificado de estabilidade devido à mudança da normativa.” O professor ainda tranquilizou a população esclarecendo que os indicadores não apontam risco de ruptura das barragens B1 B4 e que elas inclusive já não recebem rejeitos. A população participou do debate com perguntas que foram respondidas pelos técnicos presentes. Paulo Resende, que participa de movimentos populares, falou da relevância de uma mineração consciente, da importância da fiscalização externa e da necessidade de mais rigor nas leis ambientais.

Por Editor1

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