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educação no campo 1Com o objetivo de orientar os programas e projetos dos municípios e do Estado na atuação para com as escolas do campo, a Secretaria de Estado de Educação (SEE)lançou, esta semana, o caderno Diretrizes da Educação do Campo do Estado de Minas Gerais. O documento é resultado do trabalho desenvolvido pela Comissão Permanente de Educação do Campo. No lançamento do caderno, a secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, destacou a importância do documento. “É fundamental termos marcos normativos, mas compreendendo isso aqui como um processo. É um marco naquilo que a gente conseguiu acumular até aqui, mas na verdade é um processo que nos chama de fato transformar a estrutura de todas as nossas escolas do campo”, destacou. As diretrizes foram instituídas pela Resolução SEE 2820, de 11 de dezembro de 2015. Composta de 20 artigos, o documento contempla temas como a formação de professores do campo, o transporte escolar e a alimentação dos estudantes, além do conceito de população e escola do campo. “Quando vira resolução, também vira política pública. Esses pontos abordados nas diretrizes apontam para uma perspectiva de mudanças. Visam a melhoria do atendimento escolar da educação do campo e em todos os sentidos. Desde a estrutura física ao pedagógico”, ressalta a coordenadora de Educação do Campo e Indígena da SEE, Sônia Roseno. Minas Gerais conta atualmente comeducação no campo 3 295 escolas estaduais do campo. A partir das diretrizes, esse número deve aumentar, como explica Sônia Roseno. “As diretrizes têm um artigo que diz que deverão ser consideradas escolas do campo todas as escolas de sede de distritos e municípios que atendam predominantemente ou em sua maioria alunos do campo. Com essa mudança de concepção, também esperamos já para o ano que vem um aumento grande no número de escolas”, conclui.Durante o evento, a representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Setor Educação Estadual, Terezinha Savino de Souza, destacou os desafios que virão a partir da publicação do caderno. “Esse momento é especial. Esse material não é só mais um caderno, mas uma ferramenta. A partir do lançamento dessa ferramenta é que vem o grande desafio e um deles é a unidade dos povos do campo em continuar pautando a educação do campo e continuar olhando para a educação do campo e para a construção do projeto político pedagógico”. O representante da Associação Mineira das Escolas Família Agrícola, Idalino Firmino dos Santos, ressaltou que o documento “demarca as possibilidades de atendimento dos diferentes segmentos da educação do campo”.  Já a representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais, Maria Alves de Souza, ressaltou que a construção das diretrizes “é um marco, porque demonstra a resistência que tivemos enquanto movimento social”. Durante o evento de lançamento também foi realizado o encerramento do Programa de Formação de Professores do Projeto educaçãono campo2Escola da Terra do Estado de Minas Gerais, uma parceria entre a SEE, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Ministério da Educação (MEC). A iniciativa tem por objetivo promover a melhoria das condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades. O programa oferece apoio à formação de professores que atuam nas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, compostas por estudantes de várias idades, e em escolas de comunidades quilombolas, fortalecendo a escola como espaço de vivência social e cultural.

Por Editor1

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