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A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, no último dia 18 de fevereiro, a Campanha da Fraternidade 2015. O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade, e o lema, “Eu vim para servir”. A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro. A campanha propõe, ainda, buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. A escolha desse tema tem como objetivo inserir a campanha nas comemorações do jubileu do Concílio Vaticano II, com base nas reflexões propostas pela Constituição Dogmática e pela Constituição Pastoral,  que tratam da missão da Igreja no mundo.

Em Araxá, o pároco da Igreja Matriz de São Domingos,  Duíle Castro, em entrevista ao JORNAL INTERAÇÃO, disse que  o tema e o lema da campanha deste ano refletem bem a filosofia e a maneira especial e diferente do comandante supremo da Igreja Católica, o Papa Francisco. Segundo Padre Duíle, “essa forma única e inédita do supremo pontífice soa, na campanha, como um “puxão de orelha” em todo o clero [são os  membros da Igreja Católica que desempenham a função de governar na fé e guiar nas questões morais e de vida cristã os fiéis católicos]. O Papa Francisco, a cada dia, dá exemplos da simplicidade, desprendimento e exercita a tarefa de sempre servir”.  Ainda segundo Padre Duíle, a Campanha da Fraternidade 2015, que teve início na Quarta-Feira de Cinzas, se estenderá durante todo o ano. “A campanha da fraternidade é permanente, apenas tem mais foco e é intensificada na Quaresma, mas o lema: “Eu vim para servir”,  deve ser praticado todo dia, sem restrição”.

CARNAVAL, CARNE E QUARESMA

Com uma visão bastante atual e verdadeira, o pároco da Matriz de Araxá não se furtou a discutir temas e assuntos polêmicos, antes tratados como tabus pela Igreja Católica. Sobre o Carnaval, que é rotulado como uma festa onde tudo pode acontecer, apesar de ser pagã, a data é definida de acordo com o calendário gregoriano, criado pela Igreja Católica, no século XVI. São exatamente sete domingos antes da maior comemoração cristã: a Páscoa. A confusão entre cristianismo e paganismo não é de hoje, mas atualmente existem diversas alternativas para celebrar o Carnaval, uma das maiores festividades nacionais. Padre Duíle acha que “o ser humano sempre tem que ser feliz, estar de bem com a vida e com seu semelhante. A nossa vida tem que ser alegre sempre”. A respeito da carne, ele foi taxativo: “A carne é muito importante e deve ser contemplada quando observada, querida e amada, mesmo que na forma física e estética para o bem. Muitas vezes, o corpo, o físico de uma pessoa são fontes de admiração, respeito e carinho. A carne, o corpo só não podem ser exemplos como produtos de comércio, prostituição, barganha, promiscuidade  e apelação vulgar”. Como um dos representantes da Igreja Católica em Araxá, Padre  Duíle também garantiu que as celebrações da campanha da fraternidade desta temporada serão intensificadas  principalmente no período da Quaresma. Concluindo, ele fez questão de afirmar que  a Quaresma, que teve início na Quarta-Feira de Cinzas, terá culminância no Domingo de Ramos e que  “muito além de um período de penitências e privações da carne, a Quaresma é sinônimo de conversão para o caminho do bem em todos os sentidos”.

Por Editor1

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