São Paulo, (AE) – Em julho, está previsto novo aumento do IPI, quando as alíquotas para carros com motores 1.0 até 2.0 voltam aos níveis de antes da primeira redução do imposto, em maio de 2012. É possível que, diante do cenário de queda de vendas, as montadoras tentem barrar essa volta.
Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, avalia que o “efeito colateral” da manutenção do benefício pode ser pior em termos de impacto no resultado fiscal do que em benefícios para o mercado.
“A indústria automobilística recebeu muitos estímulos e não conseguiu entregar uma boa performance”, diz Zeina. No ano passado, as vendas de automóveis e comercias leves caíram 1,5%. “Espero que o governo não caia na tentação de manter o estímulo. Seria impor sacrifícios para a economia como um todo e está na hora de virar essa página.”
A economista também questiona a influência do setor no PIB e defende estímulos apenas para setores nascentes, como aqueles ligados à inovação, que podem oferecer ganhos de produtividade.