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Por João Batista de Freitas

Faleceu nesta terça-feira Antônio Guimarães Borges (Toninho), natural de Araxá, filho de Onesino Simões Borges e Alexandra Guimarães Borges, nascido no dia 06/12/35. Nosso querido primo, casado com Dedete, foi um dos maiores jogadores de futebol com quem já atuei, e penso que poderia ter sido um grande profissional do futsal. Em sua homenagem, reproduzimos abaixo um texto de seu também primo, Alcino de Freitas, que faz parte do livro ‘História do futebol araxaense’, escrito após a morte deste meu irmão.

“Caro leitor, você acredita que com 75 anos de idade ainda se joga futsal?Se você duvidar é só ir até o Ginásio Dino Barone e assistir à turma do Fame; lá tem o Toninho, com toda esta idade, que continua jogando no meio dos mais moços e ainda correndo uma barbaridade.

Antônio Guimarães Borges (Toninho), natural de Araxá, filho de Onesino Simões Borges e Alexandra Guimarães Borges, nascido no dia 06/12/35. Toninho, um dedicado pai de família, iniciou jogando futebol no Oratório do Colégio Dom Bosco. Logo fez amizade com a turma do Ferrocarril e atuou por lá durante muitos anos.

Fazemos aqui um registro importantíssimo: Toninho, que sempre defendeu o Ferrocarril desde o seu inicio, contou-nos que o fundador desse clube foi o senhor Joaquim Neto, funcionário da Rede Ferroviária e não o senhor Afonso Lima Rodrigues, pai do radialista Alberto Rodrigues e do Afonsinho, que sempre ajudou a dirigir o clube; ambos eram funcionários da Rede Ferroviária em Araxá e mantiveram o Ferrocarril por longos anos. O Ipiranga Sport Clube, vendo em Toninho um excelente atleta, logo o convidou para ir treinar naquela agremiação.

Por volta dos seus 15 anos, Toninho estreou no “mais querido” de nossa cidade, enfrentando o Merceana de Uberaba, lá na cidade do Zebu. Toninho acredita que não continuou no Ipiranga devido a sua pouca idade e pelo fato de seus companheiros do Ipiranga serem bem mais velhos, sendo difícil de se enturmar.

Assim, sua passagem pelo tricolor araxaense foi muito rápida e ele retornou ao Ferrocarril, permanecendo até quando o futebol araxaense fez uma grande parada, perdendo seus principais clubes da época: Najá, Ipiranga, Ferrocarril e outros.

O time do Ferrocarril da época contava com um excelente plantel : Dafreu, Gaguinho, Marreco, Afonsinho, Mamabacão, Tita, Cicinho, Dudu, Antenor, Chico Leite, Amadeu, Toninho, Lipinho, Duque, Paulinho Sapateiro, Ditão, Patesco, Nêgo, Jaguari, Rafael, entre outros.

O Ferrocarril chegou a disputar o campeonato local contra Najá, Ipiranga, Operário, Cruzeiro da Santa Rita e Vila Nova. Segundo Toninho, esta equipe boa se desfez quando da inauguração de Brasília, uma vez que boa parte de seus atletas transferiram-se para a capital do país.

Equipe de Aspirantes do Ipiranga Sport Clube. Toninho é o penúltimo agachado.

O Ferrocarril chegou a enfrentar, aqui em Araxá, no Estádio Fausto Alvim, a fortíssima equipe do Uberaba Sport. Outra passagem sensacional na vida deste eterno craque foi durante os anos de 1958 e 1959 quando, trabalhando pelo Rodoviário Rampa, Toninho foi transferido para Curitiba.

Toda manhã tomava café em uma padaria que ficava em frente à empresa. O senhor Pompilho, proprietário do Rampa, contou na padaria que Toninho jogava futebol.

O pessoal da padaria tinha amizade com o time do Ferroviário que já era profissional em Curitiba, daí levaram o Toninho para treinar no clube. Os treinos eram realizados no famoso Estádio Dorival de Brito. Mais tarde, o Ferroviário se fundiu com as demais equipes profissionais de Santa Catarina.

Toninho retornou a Araxá e continuou na equipe do Ferrocarril até esta se desfazer. Passada essa grande fase do Ferrocarril, Toninho ainda atuou pelo campeonato amador da cidade defendendo o Caiçara. Em seguida veio o Fame (futebol amigos da meia idade).

Toninho passou a jogar futebol de salão no ATC, disputando as olimpíadas “branca e verde”, sob o comando de Raimundo Sarkis. Quando aconteceu a fundação do Clube Araxá, foi um dos seus fundadores o senhor Geraldo Porfírio, que convidou o pessoal do ATC para se transferir para o novo clube. Toninho é o único fundador da equipe em atividade. Em julho próximo o Fami completará 40 anos.

Aos 72 anos de idade, Toninho recebeu no ano de 2008 o Troféu Moraes, como o jogador mais velho do Fami, porém continua firme, até hoje, jogando sua bola.

Casado com Alayde Rosa Borges, o casal tem os seguintes filhos: Luiz Antônio, Ângela, Rosângela, Sílvio, Carlos Henrique, Paulo Roberto, José Humberto e João Marcos.”

HOMENAGEM DE JOÃO MARCOS – FILHO

Dia difícil…

Noite mal dormida, ansiedade pelo evento que nunca tinha participado como coadjuvante.

Logo de cara carregar quem sempre me carregou…

Receber os amigos do meu pai, da minha mãe, meus amigos, amigos dos meus irmãos (demais aqui), primos, tios, sobrinhos, netos, todos me dizendo o quanto tinham para com papai. Meu coração agradecia e meus olhos demonstravam.

Mas esse carinho todo não era só para o caçulinha?

Que nada, sempre teve para todo mundo!  Entendi que todos estavam me retransmitindo o carinho, amizade e simpatia que o papai irradiou durante os 86 de sua passagem por aqui. Quero dizer me  emocionei muito, e que todos tocaram meu coração, Agradeço todo carinho que me foi oferecido e digo que por vezes senti o papai me abraçando!  Obrigado mamãe por me mostrar o maior amor do mundo. Obrigado Soraya!

Irmãos (cunhados/as estão aqui)!

Paim!

Tia Eugênia!

Tia Julia!

Geisa e José barbeiro!

E outros tantos que se dispuseram por nós… Obrigado pelas mensagens recebidas. Impossível mensurar a quantidade. Obrigado…

Dia difícil…. mas acolhedor.

Hoje recebi a maior herança que meu pai poderia me dar.

João Marcos – filho

HOMENAGEM DE MAURICINHO: SOBRINHO

Tio Toninho da loja Triunfante, com o irmão Aderbal (in memorian) fizeram história no comércio de Araxá, postura tímida, séria, muito das vezes camuflava seu enorme coração, sempre amigo, parceiro e companheiro de quem se relacionava com ele, flamenguista doente, se orgulhava de vestir a camisa rubro negra.

Praticante e amante do futebol, freqüentou os campos e quadras de futebol muito acima de seus 70 anos jogando com muita determinação, sua aparência franzina lhe dava uma leveza, habilidade em conduzir a bola com maestria realizando dribles, jogadas e passes desconcertantes para o adversário. Postura séria e firme  equilibrava a aparente fragilidade física que era imediatamente rebatida com muita energia, aí de quem se atrevesse a exagerar na rispidez, devolvia com força proporcional e grande determinação. Seja numa partida de campeonato, num jogo de família, entre amigos ou numa tradicional “pelada” jogava sempre com a mesma determinação e só a vitória interessava. Orgulho da esposa, dos filhos e de toda família, por onde passou deixou bons amigos, e um grande legado, já faz muita falta e que saudade. Mauricinho – sobrinho

Por ego

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