Logo Jornal Interação

Leia o artigo da endocrinologista da Unimed Araxá, Esthefânia Garcia de Almeida

 

Por que devemos nos preocupar com o colesterol e como controlá-lo?

As frações do colesterol são compostos associados de lipídios e proteínas que circulam pela nossa corrente sanguínea. Dependendo dos níveis apresentados, elas são associadas a distúrbios cardiovasculares, como infarto e AVC. As frações de colesterol dosadas no exame de sangue são três: HDL (mais denso, em função das proteínas), LDL e VLDL (maior proporção e triglicerídeos).

Com base nos resultados dos estudos de Ancel Keys (Seven Country Study), produzidos há décadas, foi constatada a relação entre ingestão de gordura e aumento do risco cardiovascular. Assim, diferentes sociedades americanas, como a American Heart Association, passaram a orientar a redução no consumo de gorduras para a população americana, com objetivo de reduzir o risco. Hoje sabemos que o LDL é a fração de colesterol mais associada a infarto e AVC e que o HDL tem efeito protetor sobre os vasos sanguíneos. Assim, é comum que o LDL seja conhecido como colesterol ruim e o HDL, como colesterol bom. Além disso, triglicerídeos elevados estão associados ao aumento do risco cardiovascular e até mesmo pancreatite aguda.

Vale ressaltar que quanto mais risco a pessoa tem, mais rigoroso deve ser o controle do LDL. Assim, para uma pessoa com histórico de infarto, o LDL deve ser mantido no menor nível possível ou ao menos menor que 55. Para alguém jovem e saudável, pode-se aceitar um LDL de até 130. O importante é contar com o seu médico para avaliar seu risco cardiovascular e sua meta de colesterol.

Uma vez definida sua meta, o tratamento pode ser feito com base em medicamentos como as estatinas (que sempre serão usadas em pessoas com alto risco cardiovascular), rotina de atividade física e alimentação. Também para a prevenção do colesterol elevado podemos nos valer da alimentação e rotina de exercícios.

A OMS recomenda um mínimo de atividade física de moderada intensidade de pelo menos 150 minutos por semana para adultos jovens, para manutenção da saúde física e mental e proteção cardiovascular.  Quanto à dieta, sugere-se evitar e até abolir, quando possível, alimentos ultraprocessados e industrializados, evitar doces, frituras e alimentos gordurosos como carnes gordas e laticínios ricos em nata.  Sugere-se ainda evitar o excesso do uso de gorduras vegetais e animais em casa para pessoas com colesterol alto. Uma regra básica seria o uso de meio litro de óleo por adulto da casa por mês.

Dra. Esthefânia Garcia de Almeida

endocrinologista

Por ego

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *