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Um dos principais nomes da música popular brasileira e uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país se encontram em Araxá para um emocionante concerto. No dia 4 de junho, às 17h, no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto, o grande João Bosco se junta à Orquestra Ouro Preto para apresentar “Gênesis”, show que celebra toda a rica trajetória do cantor, compositor e violonista. O evento tem o patrocínio da CBMM através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e promove o disco homônimo, lançado em 2022 em todas as plataformas de áudio.

“Gênesis” se refere a essa força criadora que é a música de João. Traz em si a ideia do nascimento do legado de um artista que tem seu lugar já ancorado no altar da música brasileira e que renasce ao deparar-se com os arranjos especialmente feitos pelo maestro Nelson Ayres e regidos pelo maestro Rodrigo Toffolo.

O repertório desfila pérolas como “O Bêbado e o Equilibrista”, “Corsário”, “Bala com Bala” e “De Frente pro Crime”, prestando também tributo a Aldir Blanc, um de seus principais parceiros. Os arranjos privilegiam o jeito único com o qual João maneja seus instrumentos, seu violão e sua voz, priorizando a precisa interferência dos outros elementos orquestrais, que emprestam ainda mais luzes às suas composições. A excelência e a personalidade musical de João encontram aqui um diálogo perfeito com a versatilidade e a ousadia da Orquestra.

“João Bosco é a orquestra de um homem só. Como violonista, faz flutuar melodias com espantosa destreza, produzindo agudos e graves em notas que se multiplicam, numa rítmica muito particular. Em outras palavras, a arte de João Bosco é perfeita”, comenta o maestro Rodrigo Toffolo ao explicar o motivo do grande zelo que todos da Orquestra tratam o novo trabalho.

A afinidade entre mineiros fica evidente no palco. Mineiro de Ponte Nova, João formou-se engenheiro na Universidade Federal de Ouro Preto, morando por um bom período na cidade que é o berço da Orquestra e do artista Jorge dos Anjos, cujas obras emolduram todo o conceito de “Gênesis”, numa simbiose entre as formas geométricas e referências afro-brasileiras de suas obras e contemporaneidade e ancestralidade que habitam também o universo das canções de Bosco.

 

Por ego

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