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COLUNA DO DANIEL DE FREITAS

29//08/2019- 18:24

PorEditor1

ago 29, 2019

Gastança  desenfreada

A Constituição Federal promulgada em 1988 foi elaborada para se vingar do regime que eu chamo de Regime Democrático Militar. Ou seja, tudo que os militares, que ficaram 21 anos no poder, impediram os políticos tradicionais de praticar, eles se permitiram iniciar legalmente a partir de 1988. Fizeram uma Constituição longa, permissiva, que dá margens à interpretações diversas e de conformidade com os interesses dos poderosos de plantão. Como os militares exerceram o poder executivo, nos outros dois poderes, legislativo e judiciário, sobreviveram as ideias esquerdistas. E com essas ideias implantou-se no Brasil um regime que os próprios idealizadores chamaram de esquerda democrática, envolvendo uma relação incestuosa entre os três poderes. Envolveram também a grande mídia, de formas a melhor ludibriar o povo. E foram, em doses homeopáticas, abrangendo o setor sindical, educacional, cultural, entre outros. Como se fez isso? Principalmente fazendo mal uso do dinheiro público e da gestão centralizada nas mãos do governo federal. Eu que acompanhei esses dois períodos, o militar e a esquerda democrática, atribuo dose muito maior de ações democráticas ao regime militar do que à pseudo esquerda democrática.

Como usaram mal o dinheiro e a gestão pública?

A Constituição Federal de 1988 determinou uma repartição das receitas,  de formas que mais de 60% das arrecadações ficam em Brasília. O que por si somente faz com que os estados e os municípios dependam dos favores do governo federal para sobreviverem. Não existe forma mais perversa de dominação do que essa. E isso não é democracia.

A par dessa repartição esdrúxula da arrecadação, a Constituição Federal, elaborada e promulgada por integrantes do Congresso Nacional à época, concedeu poderes exagerados ao Congresso. Fosse o Congresso composto por políticos de bem não seria tão problemático esse fato, pois o Congresso Nacional deveria representar os interesses da sociedade.Mas infelizmente não foi isso que vivemos nos últimos 33 anos. Ao contrário, a cada mandato que se iniciava, tínhamos os mesmos políticos, ou sucessores feitos por eles, com uma voracidade incontrolável por dinheiro e poder. A representatividade dos interesses do povo foi sempre relegada. E isso não é democracia!

Com o poder e com o dinheiro público sob domínio dos políticos e comparsas foi montada uma máquina para perpetuar no poder os políticos do executivo e do legislativo e seus aliados do poder judiciário. Com altos salários, muitos direitos, muitas mordomias, muitas trocas de favores, muito toma lá dá cá. Ou seja fomos enganados e roubados durante mais de 30 anos. E não reagimos. Em 2017 / 2018 a sociedade começou a desconfiar de que vinha sendo ludibriada pelos poderosos de plantão, que não permitiam renovação alguma, que professavam uma ideologia que só se prestava a manter os mesmos no poder e a encher-lhes os bolsos do dinheiro que faltava na educação, na saúde, na segurança, na infraestrutura, etc. Não sem motivo esses mesmos poderosos passaram a figurar dentre os mais ricos do país. Concorreu para o despertar de consciência da sociedade a operação lava. Com a lava jato iniciou-se um processo de conscientização e mudanças no Brasil. A eleição de um Presidente contrário às práticas da velha política significou mais um passo no sentido de tais mudanças.

Atualmente se posicionam contra a operação lava jato e contra o Presidente eleito pelo povo, os representantes da velha política, que ainda são muitos e bem estruturados. Esses só votam a favor do Brasil instados pelos movimentos de ruas, vez que o atual poder executivo lhes nega pagamentos e outras recompensas em troca de seus votos. Reitero que este é um cabo de guerra, tendo de um lado a sociedade e de outro os mal políticos e suas crias. Nós não podemos perder essa disputa. Vamos atuar com força ou eles nos arrastarão novamente para o fundo do poço.

Daniel de Freitas é araxaense e administrador de empresas

 

Por Editor1

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