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Coluna do Daniel de Freitas

23//09/2022- 14:00

Porego

set 23, 2022

Crise e gestão pública.

 

O mundo está entrando em uma grave crise. Crise em consequência da pandemia covid 19 e de guerras que se arrastam há tempos e sobretudo a invasão da Ucrânia. A Europa está ressentindo mais devido a sua extrema dependência de gás, petróleo e energia da Rússia. A Rússia, obviamente,  sofre as consequências da guerra irresponsável que patrocina. A China está sofrendo os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia. O Estados Unidos também sofre por ser o líder bélico do mundo ocidental e ter sua parcela de culpa na guerra da Ucrânia. Está amargando com fortes indícios de recessão e inflação elevada. Nossos vizinhos latinos, como México, Argentina, Chile e outros enveredaram por caminhos socialistas autoritários e estão sofrendo mais com a crise mundial.

O Brasil está administrando bem a crise, mas não está blindado. Na pandemia teve que emitir papel moeda e isso tem um custo, que se reflete principalmente na inflação. Nossas comodities têm suportado nossa economia. Mas até quando? Óbvio que a crise vai chegar e não vai demorar, pois que os principais adquirentes dos nossos produtos (China, Estados Unidos, Europa, nossos parceiros latinos) entrando em crise irão consumir menos e os preços dos nossos produtos cairão. A crise está instalada,  só não sabemos se será duradoura ou não; oxalá essa guerra na Ucrânia acabe logo e com ela o mundo volte ao normal.

Nesse cenário que se apresenta de forma inexorável precisamos nos preparar. E como seria essa preparação?

Temos que colocar nosso país em mãos de pessoas responsáveis, honestas e capazes. Não podemos entregá-lo a pessoas que já tiveram suas oportunidades e nos entregaram a corrupção generalizada.  Me refiro aqui a todos os poderes da nossa República.  Precisamos eleger um Presidente que não organize e nem permita que a administração pública seja uma quadrilha, mas também um Senado e uma Câmara Federal que representem a sociedade, que respeitem a vontade do povo. Sobretudo que tenhamos esses dois poderes que gerenciem com zelo os suados recursos dos contribuintes brasileiros.  Eleitos Presidente, Deputados e Senadores sérios, o poder judiciário,  que é eminentemente técnico,  terá que cumprir corretamente seu papel. As demais instituições públicas também respeitarão seus limites e procurarão cumprir seus deveres.Acabar com essa esculhambação que divide o Brasil em dois, sendo um que produz, gera riquezas,  paga impostos, sofre com as incertezas, se não produzir passa fome, praticamente submisso a outro que, além de nem se preocupar com crises, ter estabilidade,  aposentadorias diferenciadas,  se outorgou salários muito acima do que ganham os pagadores de impostos, mordomias a perder de vistas, os chamados representantes e servidores públicos. Realmente não vivemos em um país democrático.  E temos oportunidade de exigir mudanças e só poderemos exigi-las se tivermos um Congresso que represente, de fato, a vontade do povo.

Não vamos, obviamente,  conseguir uma mudança radical em uma única eleição,  mas temos que iniciar esse processo de mudanças imediatamente, sob pena de perdermos nossa liberdade e nossos direitos.

 

Por ego

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