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CBMM avalia investir ao menos R$ 3 bilhões se demanda por ferronióbio seguir forte
Dominante no mercado global de ferronióbio, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), controlada pelo grupo Moreira Salles, considera a possibilidade de investir ao menos R$ 3 bilhões em expansão de capacidade produtiva, caso a demanda siderúrgica pela liga metálica continue crescendo rapidamente nos próximos anos no embalo de pedidos da China.Em entrevista à Reuters, o presidente-executivo da empresa disse que a CBMM terá de ampliar a capacidade da mina em Araxá (MG) para além das 150 mil toneladas projetadas para o final de 2020, ante 110 mil toneladas atualmente, se a demanda pelo seu produto seguir crescendo a uma taxa de 10% ao ano até 2021. “Estamos trabalhando em projeto de como será a CBMM além das 150 mil toneladas. Se crescermos 10% nos próximos anos… já precisaremos de mais capacidade. É o momento ideal. Vamos fechar o projeto conceitual este ano”, afirmou o CEO Eduardo Ribeiro, em uma conversa por telefone. Seria em 2021 que a companhia brasileira, que detém quase 80% do mercado global de ferronióbio, “dispararia” o projeto, disse o presidente da empresa, na qual a família Moreira Salles (acionista do Itaú Unibanco) tem 70% de participação.
Se confirmado, o investimento elevaria a capacidade de produção de ferronióbio da CBMM – que tem também como sócios chineses (15%) e sul-coreanos e japoneses (15%) – para pelo menos 210 mil toneladas/ano. “Calculamos que vai ser investimento de pelo menos R$ 3 bilhões, é um investimento a ser aprovado pelo conselho. Se o mercado se comportar, será aprovado ao final de 2020. Só vamos disparar a nova fase quando estivermos vendendo de 120 a 130 mil toneladas”, acrescentou Ribeiro. Ele ressaltou que, como a empresa tem participação dominante, a responsabilidade para atender o mercado é maior, o que exige a preparação prévia do projeto. A companhia prevê aumento de 10% a 15% nas vendas de ferronióbio em 2019, para 92 mil a 95 mil toneladas, enquanto os volumes vendidos de produtos especiais de nióbio cresceriam para cerca de 6 mil toneladas. O executivo explicou que a forte demanda pelo produto da CBMM, que aumentou as vendas no ano passado em 28% em volume, ocorreu com a China abocanhando boa parte dos negócios, após o país asiático implementar uma diretriz para incentivar o uso do ferronióbio.
A recomendação chinesa às siderúrgicas ocorreu com o país buscando um aço mais resistente e com estrutura mais uniforme, propriedades garantidas pela utilização do ferronióbio no processo siderúrgico, o que ajudou a CBMM a elevar sua receita líquida em 55% em 2018, para R$ 7,4 bilhões. Do volume vendido de 83 mil toneladas de ferronióbio pela CBMM em 2018, a China levou 30 mil.

Por Editor1

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