Vinte e cinco proprietários rurais do município de Araxá já sabem o que fazer para manter ou recuperar suas Áreas de Proteção Permanentes (APPS) úmidas. Eles participaram, voluntariamente, do projeto executado pelo INAES, a pedido do SEBRAE, com participação da CAPAL (Cooperativa Agropecuária de Araxá Ltda.), Sindicato dos Produtores Rurais de Araxá e da mineradora CBMM. Trata-se de um diagnóstico detalhado da situação ambiental das nascentes e margens de rios da região. A iniciativa apontou a necessidade de recuperação de 33 hectares de APPS, com base na legislação atual, e as prioridades foram integradas ao programa Nosso Ambiente, que foi elaborado pela FAEMG. O trabalho começou em 2015 Técnicos contratados pelo Instituto visitaram as propriedades e fizeram relatórios e mapas, apontando os métodos que devem ser adotados para recuperação de cada área. Em alguns casos, basta isolar o terreno e deixar que a vegetação se recupere naturalmente. Em outros, será necessário o replantio de matas nativas. O superintendente do INAES, Pierre Vilela, disse que foi encontrada uma situação “bastante favorável” em Araxá uma vez que os produtores já estavam sensibilizados com a questão ambiental por causa da seca dos últimos dois anos. Outro ponto positivo é que a mineradora CBMM mantém no município um projeto social que complementará a iniciativa fornecendo, gratuitamente as mudas. “O ganho imediato é a melhora da oferta e da qualidade da água na região”. Mas o mais importante, na opinião dele, é que o método de trabalho foi sistematizado e pode ser adaptado para outras realidades. O INAES (Instituto Antonio Ernesto de Salvo) é uma associação civil, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos e sem fins econômicos, com prazo de duração indeterminado. O Estatuto do Instituto já está adaptado à Lei 9.790, de 23 de março de 1999 e ao Decreto 3.100, de 30 de junho de 1999, que regulamentam o funcionamento de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP. O Instituto tem como objetivos: buscar o planejamento e coordenação de longo prazo das ações em prol do desenvolvimento rural e do agronegócio mineiro, buscando a geração de projetos que contribuam para a melhoria de sua competitividade.
