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A Jovem Yasmin de Castro Rosa Silva, juntamente com sua mãe Elbe de Castro Rosa, a cada ano quebram uma barreira contra as limitações que a vida lhes impõe. O Anjinho Yasmin chegou ao mundo trazendo uma má formação facial que lhe tirou a possibilidade de enxergar. Desde sua chegada quando os problemas se apresentaram, sua mãe passou a buscar com muita fé em Deus, força, coragem e discernimento para encontrar um caminho que pudesse trazer  um melhor bem estar para ajudar a sua pequenina e muito amada Yasmin a enfrentar as grandes dificuldades que encontraria.  Passado todos os pesadelos, dramas, incertezas, riscos, e centenas de dificuldades pós nascimento, com  muita luta, internações, exames, idas e vindas constantes a São Paulo para entender o que estava acontecendo,  a guerreira Elbe dentre as inúmeras decisões difíceis que tinha que tomar a cada momento, entendeu muito cedo que apesar da limitação visual, dependência, dificuldade de  inserção social, preconceitos, enfim todas as dificuldades que a situação lhe impunha, talvez o mais difícil no seu inicio, mas o melhor caminho diferentemente do que acontece normalmente nestas situações, ela  precisaria fazer com que a Yasmin encontrasse  maiores oportunidades, encarando o mundo de frente, com a mente aberta, abrindo portas atrás de portas para que a pequenina Yasmin encontre seu próprio caminho, ao invés de tentar proteger e  preservá-la atrás das cortinas do isolamento social e da busca por aprendizado e crescimento pessoal. Barreiras são transpassadas todos os dias, longe de ainda ser fácil, aos poucos  Yasmin e  Elbe vão aprendendo a lidar  com as dores, as dificuldades e os obstáculos e a cada dia se surpreendem com cada conquista alcançada. Após praticamente  15 anos sem se separarem por nada, mãe e filha se propuseram sair para um novo desafio. Yasmin, aluna de dança da Escola CDK da estimada Ana Cláudia Silva Fernandes  (Santinha) foi selecionada para ir participar do Festival de Dança de Joinville, um desafio que muitos considerariam inapropriado e impossível para alguém com deficiência visual, de início tudo pareceu fora do alcance mas aos pouco elas foram alimentando de esperança, para mais este desafio, que juntamente com o apoio da Santinha, que abraçou a causa e toda sua equipe, acabaram por convencer a Yasmin a participar do evento. Mas como assim? Já em seu primeiro evento, existem tantos outros festivais, porque o Festival de Joinville, um dos mais importantes do país, tradicional que completou 40 anos de realização, internacionalmente conhecido, tudo isto só aumentou ainda mais a adrenalina em busca de vencer mais uma batalha. Foram mais de quatro meses de preparação, muitos ensaios, venda de rifas em busca de recursos para  cobrir os custos e muita dedicação. Chegada a hora, aparentemente tudo pronto para o grande desafio e  talvez o  maior deles, a partida para enfrentar os 10 dias de eventos sem a presença de sua mãe Elbe que diante de seus compromissos, não poderia acompanhar sua filha Yasmin nesta viagem, mãe e filha prontas se propuseram ao desafio e partiram para a batalha. A partida aconteceu no dia 17 de julho e o retorno no dia 28, saída e chegada no estacionamento do Estádio Fausto Alvim, o que deveria ser de muita descontração, foi muito tenso e dramático, naturalmente pelo receio de ficarem distantes tanto tempo, insegurança diante de uma situação nova para ambas, Yasmin na certeza de que os olhos de sua mãe que guia seus caminhos, não estaria lá, viu também ali o chão sair debaixo de seus pés e não conteve a emoção que trouxe o choro; para ela, um sonho começava a transformar em pesadelo, neste momento é que entra a união de sentimentos de força, de coragem, de superação, solidariedade e com muita habilidade, coração apertado, a mãe Elbe e  com o carisma e sabedoria da professora Santinha, reverteram a situação e a estrela  Yasmin, embarcou nesta nova aventura,  que se transformou em  superação, descontração, alegria e muito aprendizado para todos, graças a competência, carinho, amizade, consideração que todos da família CDK tiveram com a guerreira Yasmin.

Passado a pressão da separação de sua mãe e o choro da partida, somado com o desgaste da viagem longa e os ares gelados de Santa Catarina na chegada em Joinville, em vez de se deixar abater pelas adversidades, Yasmin mostrou sua personalidade carismática, entusiasmo contagiante e determinado, levando muita descontração, fazendo amizades e inspirando a todos ao seu redor, sempre irradiando alegria. Ela realizou 5 apresentações durante o evento, recebeu todo carinho do público, foi muito aplaudida e após sua apresentação no – Shopping Mueller, teve uma participação ao vivo numa reportagem no Globo Play, com muita desenvoltura e carisma, arrancou mais aplausos do público presente, juntamente com a família CDK, passeou muito, fez compras, esbanjou sorrisos e alegria. A Yasmin é especial pelo seu carisma, pela sua graça, pela sua energia positiva contagiante, pela sua força, pela sua coragem e principalmente pela sua determinação, alavancada pela apoio incondicional e grandeza  de sua mãe Elbe que é guerreira, forte, corajosa, que busca em Deus toda determinação para ajudar a Yasmin levar  uma  vida com muita alegria, buscando seu próprio caminho e despertando na sociedade novos valores para inclusão social.

Yasmin e sua mãe Elbe, jeito simples de superar obstáculos, quebrar barreiras; enfrentando de frente, preconceitos, medos, limitações, com muita coragem, força, determinação e fé em Deus.

Yasmin falou ao Jornal interação sobre a experiência de participar do renomado Festival Internacional de Dança de Joinville,  “foi muito boa minha experiência, o festival foi maravilhoso, eu amei, quase não tive dificuldades, o mais difícil, foi a  partida, a despedida da minha mãe, pela ansiedade e a saudade de ficar longe, mas consegui me lidar muito bem, o apoio da Santinha, das meninas que ficaram comigo a Sandrinha e a Nayla me ajudaram muito,  toda equipe do CDK interagiram muito comigo foi muito bom”, relatou a bailarina Yasmin.

Foram muitos os momentos de emoção vivido por Yasmin no festival,  ”foi tudo bacana, na apresentação na Feria da Sapatilha, várias pessoas me abraçaram, me elogiaram, uma delas se emocionou e chorou muito, foi muito legal comigo, no shopping  Muller as pessoas foram muito receptivas, muito educadas, gostei muito de dançar lá, foram vários momentos muito emocionantes, se Deus quiser em 2024 estarei lá, a cidade de Joinville me cativou, gostei muito,” destacou Yasmin.

A mãe Elbe conta da ansiedade e dificuldade em ter que proteger a Yasmin e ao mesmo tempo ter que libera-la para enfrentar o mundo em alguns momentos sem a sua presença “ Yasmin é minha vida, meu eu e meu tudo, foi extremamente difícil, mas ao mesmo tempo necessário, tinha muitas dúvidas, principalmente sobre as dificuldades que enfrentaria, passou mil e uma coisas na minha cabeça, mas ai eu orei, pedi a Deus, mostrei que era a vontade dela, pedi forças e com a ajuda Dele e confiança na Santinha e na sua equipe  liberei a Yasmin para ir para Joinville, acho que foi muito positivo, muito importante para seu crescimento, lembrando aqui um detalhe muito importante, quando a Yasmin nasceu, após três meses fui em Uberaba procurar ajuda no Instituto dos Cegos (ICBC), eu vi uma frase na camiseta de algumas voluntárias que estavam  lá que dizia”: “A falta de um sentido, não tira o sentido da vida” essa frase foi como uma âncora para mim, me marcou muito, não é porque lhe falta um sentido que ela não vai poder sonhar e buscar seus  sonhos, são enfrentando os desafios que ela poderá criar novos sonhos”explicou com emolção a mãe Elbe.

Depois da tensão da viagem, os frutos foram muito positivos,” a Yasmin voltou mais madura, mais confiante em si, aprendeu a gastar, a fazer compras, ter noção do dinheiro e custo das coisas, esta mais independente, interativa, outra surpresa muito boa, apesar de total confiança na família CDK, achei pela dificuldade de inclusão, o relacionamento dela  seria mais restrito, somente com uma ou duas pessoas mas, foi o grupo inteiro, conversaram, brincaram e interagiram com ela e foi muito positivo.”esclareceu a mãe Elbe.

Várias momentos positivas fizeram parte da viagem, “algo que me ajudou muito na angustia de cada momento sem ela perto de mim. Com a tecnologia de hoje, pude acompanhar de perto muitos momentos dela lá. Ela me ligava no meio de uma apresentação e falava sobre a musica, detalhes da apresentação, me encantou também algo que não tinha visto em evento algum ainda, só para ilustrar a dimensão e qualidade do Festival de Joinville; A Yasmin teve a oportunidade de desfrutar de um dispositivo especifico para deficientes visuais que foi a Alto Descrição da apresentação (através de um fone de ouvido a pessoa recebe com detalhes o desenrolar da apresentação), fiquei muito feliz de terem feito algo especifico para o necessitados. A Yasmin extrovertida como é, ainda deu sugestões de melhoria quando foi consultada. Realmente fiquei muito satisfeita com tudo que envolveu esta viagem,”declarou a Elbe.

Bailarina Yasmin, esbanjou simpatia no Festival de Joinville

Durante a viagem, Yasmin compartilhou suas experiências e desafios com seus colegas do grupo, criando uma conexão emocional e educacional que enriqueceu a todos. Sua história inspiradora incentiva discussões sobre inclusão, superação e a importância de apoiar uns aos outros. Mostra ainda como pequenos gestos de gentileza e empatia podem criar um ambiente acolhedor e enriquecedor para todos.

Eu como Jornalista, tio desta princesa Yasmin,  tenho vivenciado esta forma contagiante de mãe e filha buscarem juntas superarem os desafios e obstáculos sempre colhendo boas emoções e grandes vitórias, “Com certeza Yasmin superou seus limites, abrindo mais uma porta para seu crescimento e neste universo em Joinville a Yasmin não poderia ser confundida com um planeta, ela tem luz própria, esta sempre cintilante como uma estrela, juntamente com a equipe do CDK formaram uma galáxia radiante no festival de Joinville, a interação do grupo foi maravilhosa, com apresentações emocionantes, lições que com certeza veio só transformar vidas através da inclusão, potencializando sentimentos, superando dificuldades, transmitindo lições e experiências únicas de vida, construindo belas histórias que possam servir  de exemplos para toda sociedade.  parabéns Yasmin, Elbe,  Ana Cláudia (Santinha), e toda  equipe CDK”. Ana Cláudia pseudônimo “Santinha”, não poderia ser mais autêntico para quem se presa em cuidar de seus alunos como se fosse suas próprias filhas, ao ponto da mãe Elbe entregar em suas mãos os cuidados da  filha Yasmin, numa missão tão complexa.

Nessa era em que muitas vezes nos deixamos abater pelas dificuldades, Yasmin brilha como um exemplo de como é possível enfrentar a vida com coragem e alegria, independentemente dos desafios que possam surgir no caminho, algo que nos remete na certeza de que com a presença de Deus em nossas vidas, a felicidade é presente, independente dos problemas e dificuldades.

Maurício de Castro Rosa

Equipe do CDK, interagiu, deu todo apoio e carinho para a bailarina Yasmin

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Por Editor1

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