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São Paulo, (AE) – No caso da síndrome de Down e de outras deficiências físicas e psíquicas que possibilitem que o aluno tenha autonomia, psicólogos afirmam que a presença de um cuidador exclusivo pode causar segregação nas escolas. É o que diz a psicóloga Cintia Freller, especialista em psicologia escolar e integrante do Laboratório de Estudos sobre o Preconceito da USP.

Segundo ela, procedimentos como tirar o aluno que tem a síndrome da sala de aula em disciplinas que se pressupõe que venha a ter dificuldades também não é adequado. “Não podemos pensar em como vai reagir antes de deixá-lo assistir às aulas, porque o desenvolvimento dele pode surpreender.”

Por lei, todas as instituições estaduais, municipais ou federais têm de receber os alunos com deficiência que queiram se matricular. “Várias escolas públicas e privadas estão procurando dar aos alunos com deficiência o mesmo conteúdo dos que não têm deficiência, ainda que transmitido com graus de dificuldade diferentes. Algumas escolas têm núcleos de reforço nos horários fora de aula ou desenvolvem adequações no método ou na avaliação, por exemplo”, diz Cíntia.

PARTICULAR

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado, Benjamin Ribeiro da Silva, concorda que as escolas têm de aceitar matricular qualquer estudante, no ensino básico, sem condições. Mas a inclusão deve ser feita com a participação dos pais.

“Só jogar a criança na sala de aula atrapalha ainda mais. A escola tem de conversar com a família. O maior custo é com a mão de obra e os impostos. Isso custa quase 70% da mensalidade. Então, é uma questão complexa, é preciso que haja um diálogo do que é possível oferecer e com a melhor qualidade para o aluno”, alerta Silva.

Por Editor1

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