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O objetivo é detalhar mais o projeto de exploração das áreas com jazidas de terras-raras, nióbio e fosfato. Em matéria do Jornal Estado de Minas, a Mbac espera iniciar a exploração de metais dos minérios ainda neste ano.

Araxá continua sendo destaque na mídia nacional. Em matéria feita pelo Jornal Estado de Minas, postada em seu caderno de Economia, a tão aguardada exploração de elementos de terras-raras no Brasil deve sair do papel em Minas Gerais ainda este ano. Essa é a expectativa quanto a multinacional de origem canadense que produz fertilizantes no Brasil, a MBac. A companhia não detalha a operação, ainda em fase inicial, mas confirma que comprou as áreas com jazidas de terras-raras, nióbio e fosfato no território mineiro.
Segundo o prefeito municipal de Araxá, Jeová Moreira da Costa, mais uma vez, Araxá foi privilegiada pela sua riqueza natural. “Nós já temos a consciência da riqueza do nióbio, do fosfato e agora fomos pesquisados pelas pesquisas científicas a existência de terras raras no solo de Araxá, então com certeza vamos ter a exploração desse metal que é necessário para a indústria do planeta no sentido dos avanços tecnológicos e vai gerar emprego e renda para as nossas famílias”, disse o prefeito.
A expectativa é que, de acordo com as primeiras negociações com a empresa, os investimentos serão de até R$ 3 bilhões e gerar 600 empregos. A empresa não confirma os números, enquanto cresce a especulação de que o empresário Eike Batista também estaria de olho no filão representado pelos metais – desde 2008, a valorização das terra- raras no mercado internacional já passa dos 4.000%. O Grupo EBX limita-se a informar, via assessoria de imprensa, que não comenta rumores de mercado.
Jeová comentou que um encontro com a empresa canadense está previsto para ser marcado até o próximo dia 10 deste mês. “Nós vamos ter um encontro com a empresa detentora do direito de explorar essa jazida e temos até o dia 10, o lançamento oficial desse grande projeto que vai beneficiar não só Araxá, mas Minas Gerais e o Brasil. Vamos receber a visita do presidente da MBac que é a empresa que detém todo o esse direito e detalhar mais sobre esse projeto”, explicou.
A MBac informou que o objetivo da empresa é se tornar um dos principais fornecedores de fertilizantes no Brasil e “essa aquisição nos deixará mais perto desta meta”. Ainda segundo a companhia canadense, a área adquirida cobre 214 hectares de carbonatitos e contém, além de fosfatos, terras-raras e pirocloro (nióbio).
A existência de fosfatos foi descoberta no início da década de 1950 e já foi alvo de exploração por empresas como a CBMM e o Grupo Rhodia. Na avaliação da multinacional, “a área tem excelente infraestrutura e fica na mesma região onde operam as principais empresas brasileiras de fertilizantes”.
Para explorar as jazidas no Brasil, as empresas precisam de autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), uma vez que a manipulação dos metais envolve níveis de radiação. Nenhum dos dois institutos tem informações quanto a solicitações da MBac referentes à exploração em Minas Gerais. A Vale Fertilizantes, que também já havia informado interesse e iniciado pesquisas na região, afirmou, via assessoria de imprensa, que a questão ainda está em fase inicial e que “não há informações concretas para divulgar”.
O projeto Araxá, confirmado pela MBac, pode incrementar a pauta de exportações da cidade de 93 mil habitantes. “Precisamos, de fato, diversificar e essa perspectiva das terras-raras, que se valorizam mais que ouro, é uma excelente notícia”, comemora o prefeito.
A previsão é que a exploração das jazidas inicie no final desse ano. “Esse trabalho que já aconteceu na cidade por todos os ex-prefeitos e agora na nossa gestão está em um período aonde estamos colhendo muitos frutos que é uma conquista da cidade de Araxá”, finalizou o prefeito.

Por admin

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