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Genebra – O Fórum Econômico Mundial alerta: o Brasil vive sua “crise da meia-idade”, um período de incertezas, e quer ouvir da presidente Dilma Rousseff quais reformas e planos ela pensa em adotar para superar os problemas das baixas taxas de crescimento. Ontem, o Fórum apresentou sua programação para o evento que ocorre em Davos na semana que vem e traz como um dos debates o freio no crescimento dos emergentes.

Pela primeira vez, Dilma aceitou o convite e terá uma sessão especial dedicada a ela. A presidente havia recusado participar do evento em diversas ocasiões, apesar dos repetidos convites. Neste ano, a confirmação de sua viagem ocorreu apenas no último momento e ela vai discursar na sexta-feira diante de centenas de empresários.

Seu governo levará uma das maiores delegações, com oito participantes, entre eles os ministros Guido Mantega e Fernando Pimentel. O ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, participará de um debate sobre “guerra cibernética” com um senador dos EUA, no momento em que o escândalo das escutas telefônicas ganha novos capítulos.

“A presença da presidente é um grande sinal da confiança que ela tem na comunidade empresarial”, disse Klaus Schwab, fundador de Davos. Apenas as delegações de Índia, Nigéria, Reino Unido e EUA terão em Davos mais políticos que o Brasil.

Schwab declarou nesta quarta-feira, 15, que uma das forças de Davos era o fato de ser um Fórum capaz de “ouvir muitas vozes”. Mas ignorou uma pergunta do Estado na coletiva de imprensa sobre a ausência de outros candidatos brasileiros nas eleições de 2014

Listas internas do Fórum com nomes dos participantes incluíam Eduardo Campos. A última delas, de 6 de janeiro, ainda trazia o nome de Campos entre as personalidades confirmadas. Nessa lista, Dilma não aparecia. Ontem, a lista era diferente. Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a assessoria de imprensa de Davos informou que Campos cancelou por “motivos pessoais” e não haveria relação entre o convite a Dilma e sua desistência.

Crise

Para Davos, o Brasil vive um momento de incertezas, assim como outros emergentes. O interesse do empresariado mundial, portanto, é justamente o de saber o que Dilma prepara para este ano e eventualmente para um segundo mandato para superar essa situação.

O Banco Mundial, em seu informe no início da semana, indicou que o Brasil teria um dos crescimentos mais baixos entre as grandes economias em 2014, abaixo da média mundial.

Para Schwab, governos como o do Brasil estão descobrindo que fazer a economia crescer a partir de agora pode ser mais difícil que imaginavam. Ele disse que espera escutar de Dilma que tipo de reformas ela pode adotar e “como superar a crise de meia-idade”. Segundo Schwab, “o Brasil tem todos os ingredientes para superar essa crise”.

Por Editor1

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