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Bairro Dr. Pedro Pezzuti em Araxá

O  bairro Doutor Pedro Pezzuti tem  20 ruas. Um setor pequeno e tranquilo limitado pela região central da cidade e pelos bairros Santo Antônio, Vila Guimarães e Santa Terezinha. Trata-se de um bairro com característica residencial em quase sua totalidade. Também fazem parte do contexto urbano do Bairro Dr. Pedro Pezzuti, alguns comércios populares como bares, lojas de confecções e pequenas empresas de serviço em geral. É uma região de ruas arborizadas, paisagem bucólica, típica de cidade do interior. Entre as principais ruas do bairro, se destacam: Dorvalino Pereira Borges,  Engenheiro Pedro Rios, Evaristo Silva,  Antônio Cabral, parte da rua Calimério Guimarães, rua Altair Dumont entre outras.

Você sabe quem foi Dr. Pedro Pezzuti?

Nasceu Pedro Pezzuti em Valle del’ Ângelo, na Província de Salermo, na Itália, em 1895.
Na 1ª Grande Guerra, de 1914 a 1918, serviu como voluntário. Posteriormente, tendo se formado em medicina pela Universidade de Nápoles, atendia aos feridos nas linhas da frente de combate e nos Hospitais de apoio tático, o que evidentemente deu-lhe uma grande experiência médico -cirúrgica.
Com o fim da guerra emigra para o Brasil e dirige-se, em 1921, para Araguari, no Triângulo mineiro, onde tinha um tio, o Cônego Pedro Pezzuti, então Vigário naquela cidade.
Revalida o seu diploma, defendendo tese na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
Chamado a Araxá, na mesma região triangulina, para operar um seu conterrâneo, resolve radicar-se na cidade.
Naqueles tempos, Araxá já era cidade, embora sua distância dos grandes centros não permitisse recursos médicos imediatos. Instala consultório, com móveis emprestados, mesa operatória improvisada e dedica-se ao exercício da profissão. O instrumental que trouxera da Itália lhe permite executar as cirurgias com sucesso, e assim ganha notoriedade naquela região e nas circunvizinhanças.
Casa-se em 1922 com Tibúrcia de Ávila, natural de Araxá.
Cria a Santa Casa de Misericórdia de Araxá, juntamente com um padre espanhol, adaptando um velho casarão.
Neste hospital trabalha durante 38 anos, dedicando toda a sua existência ao atendimento à pobreza, origem de um exemplo de luta e de humanismo.
Autor de dois livros: Pontos nos ii (memórias médicas) e A nova marcha da vida (problemas sociais). É patrono da cadeira 70 da Academia Mineira de Letras.
Deixa a imagem de um sonhador, idealista, incentivador do progresso, que luta pelo bem-estar do povo, de seu circuito de convivência.
Faleceu no dia 17 de julho de 1960, em Belo Horizonte.

( fonte O Trem da História FCCB)

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