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História do Futebol Araxaense

27//04/2012- 17:18

Poradmin

abr 27, 2012

A história que vamos contar na edição de hoje é da Associação Esportiva São Pedro, mas o personagem que nos contou toda esta história fez parte da fundação da equipe do Vila Nova Futebol Clube, aliás, a segunda foto estampada nesta página é da antiga equipe do Vila Nova, foto a qual procurei tanto quando escrevi sobre o clube e que acabei não encontrando. A seguir, conto como se deu a fundação da Associação Esportiva São Pedro.

Segundo Verci Jonas Borges, o personagem desta semana, que nos deu todas estas informações, nasceu em Tobati, distrito de Ibiá, no dia 20/4/40, filho de Leonardo Antônio dos Santos e de dona Belmira Garcia dos Santos. O time do Vila Nova, antes de se chamar assim, teve vários outros nomes, inclusive o nome de Guarani, isto por volta de 1953/54. Verci iniciou sua carreira de jogador de futebol na equipe do Guarani, do Barro Alto, hoje, Santo Antônio, ao lado de: Zé Mica, Gerominho, Pedro Aleixo, João Bicicleta, Lau Caetano e Gasparzão, entre outros. Essa equipe foi até Santa Juliana para fazer um jogo contra um time de nome Bom Jesus, e foi depois dessa partida que então ganhou o nome pomposo de Vila Nova Futebol Clube. Explica Verci o nome do clube: não tem nada a ver com a equipe de Nova Lima. Continua, o nome de Vila Nova foi escolhido por algumas moças do bairro, entre elas, Lázara Aparecida, Augusta, irmã de Zé Mica, que foi casada com Zilico, Tereza Belmiro, Rita, irmã de Lázara, Dalva, da dona Castorina. Todas elas trabalhavam na fábrica de bebidas do senhor Salim Dib.

Verci defendeu por um bom tempo o time do Vila Nova, que já tinha seu tradicional uniforme tricolor, e foi por querer mudar as cores do clube que se deu sua saída do Vila e a sua mudança do bairro. Ele queria passar de tricolor para a cor branca, do Santos Futebol Clube, e o segundo uniforme, branco com as listras verticais pretas. A diretoria não concordou com seu pedido.

Fundação da Associação Esportiva São Pedro

A equipe do São Pedro tem início com uma turma que começou batendo bola onde fica hoje o Colégio Dom José Gaspar. Os principais fundadores dessa nova equipe foram: Verci, Gaega da Marieta, Wilson do Cotó, Edson, o Amir, do Lúcio Carneiro, Paulistinha, Lau Padeiro, Godeba, Anselmo, Ninita, os goleiros eram o Nélio, da Arafértil e o Paulo Nuza. Segundo Verci, a vontade dessa turma era de registrar o clube na Liga e na FMF para disputar os diversos campeonatos da cidade. Atendendo um pedido de licença feito por Verci, seus novos companheiros concordaram que o uniforme teria as mesmas cores do Santos Futebol Clube.  Os dois primeiros uniformes foram comprados por Verci. Por falta de registro, esse time, até então, só realizava partidas amistosas. O registro se deu em consequencia de bailes e vendas de bebidas, realizados pelos próprios jogadores, que renderam o suficiente, e o dinheiro foi entregue ao senhor Nicanor de Freitas, encarregado de se dirigir até a FMF, em Belo Horizonte, e fazer o registro. Assim nascia a Associação Esportiva São Pedro. São Pedro iniciou fazendo seus treinos onde é hoje o Colégio Dom José Gaspar. Depois, seus jogadores capinaram outro local, onde fica hoje o Supermercado Bernadão e passaram a treinar naquele local. Em 1976, o clube se sagrou campeão pela primeira vez e, em 1979, aos 38 anos, Verci deixou de jogar futebol, quando comprou um caminhão trucado e passou a viajar para o Norte e Nordeste do País. Trabalhou também no DER. Hoje com 73 anos, é um senhor aposentado.

Divino de Paula Borges, pai de Wilton Borges, passou a compor a diretoria do São Pedro lá pelo ano de 1994, após deixar a diretoria do Antas Tapira.

E ficou sendo sempre um batalhador fora de campo em prol do São Pedro. Foi nesta época que Wilton passou a acompanhar, aos poucos, a equipe.

Um fato é que o São Pedro nunca foi rebaixado dentro de campo. Nas duas ocasiões em que a equipe passou a disputar a segundona, o fato se deu  devido à desistência de disputar o Amadorão. A primeira, em 1999, quando o falecido Elton (presidente, na época) resolveu que a equipe não disputaria e se recusou a entregar os uniformes e materiais para o pessoal que queria tocar a equipe, na época, entre eles o senhor Divino, o Jair do Bar e seu irmão Jadir, o Robson (Cueca) e outros.

Como não conseguiram convencê-lo de permitir a disputa no ano de 2000, a turma teve que se reunir e formar uma nova diretoria para em 2001 voltar a campo na segundona. Mas a campanha de 2001 não foi boa e então que chegou ao clube o presidente Germano Carlos da Silva (O Germano, da RG Veículos). Na época, uma turma o defendia como presidente e outros queriam Wilton Borges à frente da equipe. Mas como visou-se ao bem maior do clube, os dois postulantes ao cargo decidiram formar chapa única e Germano se tornou o presidente e passou a contar com grande apoio do Barroso, da Tapira e também de Marcelo Araxá. Formou-se uma equipe quase imbatível na segundona, com grandes nomes como Fabio Tapira, Dida, Luciano Tapira, Barroso, Calvex, entre outros, e o São Pedro foi campeão com quase 100% de aproveitamento, perdendo apenas o último jogo para o Dínamo, mas ficando com o título.

Em 2004, Wilton Borges passou a agir mais diretamente na diretoria, onde havia sobrado apenas seu pai nos trabalhos extra-campo. E com Nélio Reis como treinador e uma equipe formada pelo Divino, São Pedro chegou às semifinais e ficou em 4º lugar.

Em 2005, Wilton Borges assumiu a equipe e conseguiu diversos patrocinadores, que deram o suporte para correr atrás de grandes nomes e formar um forte elenco. Nomes como Foguinho, Alex Rodrigues, Dida, Veio, Thiago Badete, Fabio Tapira, Luciano Tapira, Cueca, Anselmo, Fernando França, Juninho Transcol, Carlos Manoel, Germano Contato, Realino, dentre outros ajudaram o São Pedro a chegar na final da competição em uma segunda fase e reta final fantástica, quando a equipe perdeu apenas o primeiro jogo para o Cit, por 3 x 2, e depois venceu todos os demais até a decisão, quando, após dois empates com o Cit, a equipe ficou mesmo com o vice.

Em 2006, a manutenção da base de 2005 e reforços como Dedé, Rogerinho, Marcelo Araxá, André e outros gabaritaram a equipe como o principal favorito ao título, mas não vingou na prática e a equipe ficou apenas em 5º. A partir de então, o time passou a ter campanhas irregulares, diretores desapareceram, e mais uma vez, Wílton e Divino ficaram no comando do São Pedro, quando se chegou a um ponto que não dava mais para continuar. Mesmo mantendo os diversos patrocinadores que o site do São Pedro tinha como suporte (aliás, a primeira equipe de futebol de Araxá a ter um site), não dava para continuar, devido ao tempo gasto com a equipe. Isto, somado ao nascimento da filha de Wilton, Maria Fernanda, e ao fato de que seu pai jogara a toalha, levou-o a desistir e a pedir a dispensa da disputa do campeonato em 2009. A equipe ficou inativa no ano de 2010 e retornou em 2011, na segundona, com nova diretoria, que luta para resgatar a equipe novamente para a elite. Na gestão de Wilton Borges, São Pedro conquistou ainda o 3º lugar da Copa Coelhão de Society, em 2006, o título de campeão do Máster, em 2006, o vice-campeonato da Copa CDL, em 2006, o 3º lugar na Copa Natal Solidário de Society, em São Gotardo, entre outros que somaram um total de 13 troféus, em 4 anos à frente da equipe (entre títulos, vices e terceiro colocados).

A atual diretoria da equipe:

DIRETORIA 2011/2013

 PRESIDENTE: José Nadir de Oliveira Júnior

VICE-PRESIDENTE: Gilson Antônio da Silva

PRIMEIRO SECRETÁRIO: Ronaldo Adolfo Santos

SEGUNDO SECRETÁRIO: Luiz Henrique da Silva

PRIMEIRO TESOUREIRO: Fabiana Carla Gabriel Santos

SEGUNDO TESOUREIRO: Jadir Alves Oliveira

CONSELHO FISCAL

TITULARES: José Roberto de Resende, Jorge Teixeira de Oliveira Costa e Walter José da Silva Júnior

SUPLENTES: Wellington dos Reis Silva, Paulo Cezar de Andrade e Marco Antônio Gabriel.

DIRETOR SOCIAL: Aender Rocha Dias

DIRETOR DE MARKETING: Germano Hermógenes

DIRETOR DE ESPORTE: Murilo Messias de Oliveira

IMPRENSA E WEB-SITE: Fabiana Carla Gabriel Santos

 

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