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Francisco José Géa

13//02/2020- 13:38

PorEditor1

fev 13, 2020

“CULTURA POPULAR”
“O MUNDO MISTERIOSO DAS BENZEDEIRAS”

Parte 1

Francisco José Géa

“APRESENTAÇÃO”

Todos nós, em algum dia de nossa vida, já tivemos a necessidade de procurar e solicitar os serviços de alguma “benzedeira” ou “benzedor”.  A própria tradição nos ensinou esta prática, que é uma cultura popular bem antiga, destas crendices. Sendo que ela nos foi ensinada e passada pelos nossos pais, que por sua vez foi transmitida para eles, pelos nossos avós, bisavós, tataravós e vai por ai adiante, sendo que eu mesmo, até hoje, procuro Poe estes serviços, onde realmente sou muito bem atendido e onde tenho todos os meus desejos atendidos.

“O INICIO DESTES COSTUMES”

Ou o ato das benzeduras remonta da GRECIA antiga, tendo se espalhado pela Europa, passando pela Espanha e Portugal, sendo que não existe uma data segura de como tudo começou.
Aqui no Brasil, acredita-se que o surgimento de benzedores, junto com os curadores deu-se no período colonial, época em que houveram encontros dos nossos índios, que junto os escravos africanos, mais os antigos “boticários” “portugueses”, houve uma mistura de rezas com pajelanças indígenas, havendo assim, o surgimento desta cultura popular.
Então houve um forte sincretismo disto tudo, mais com as nossas plantas medicinais, havendo aí uma mistura de rezas, orações, palavras mágica e etc, proporcionando o surgimento dos benzedores.

“OS BENZEDORES E BENZEDEIRAS”

Não cobram pelos os seus serviços, pois acreditam que a força da sua reza é um dom divino e que eles tem que atender a todos que batem em sua porta, sendo que por lá aparecem gente de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos, por lá aparecem gente rica e gente pobre, pessoas como donas de casa, políticos, empresários, trabalhadores comuns, advogados e etc. Muitos dos benzedores são apegados na raízes e plantas, como por exemplo ao Guiné, Boldo, Comigo Ninguém Pode, Mirra, Artemísia e etc. Muitos fazem algumas misturas e indicam alguns destes produtos da nossa flora, para serem usados como um “banho de descarrego”.
As sessões de benzeduras acontecem desde o raiar do dia e vão até o por do sol e a maioria dos benzedores não fazem sessões aos sábados e domingos.

Há de registrar que algumas benzedeiras, após as sessões, chegam até a ficar de cama, exautas mesmo, pois muitas das pessoas possuem muitas energias negativas, sendo que estas energias ruins, passam todas elas para a pessoa que as benzeu, entretanto, todas as benzedeiras, sabem muito bem se livrar destas energias negativas.

“O RITUAL”

Que é uma tradição de cidade do interior, são acontecimentos e conhecimentos que foram acumulados há muitos anos, onde os benzedores usam deste seu poder para realizar curas e trabalhos espirituais, até quase inexplicáveis, mas que realmente funcionam muito bem.

O ritual sempre é iniciado com um ramo, que pode ser arruda, boldo ou guiné, onde a benzedeira com um terço nas mãos, faz as suas orações, fazendo movimentos em torno da cabeça ou em volta da pessoa que está sendo benzida, dizendo palavras boas e construtivas e rezando em voz alta para aquela que está sendo benzida, e quase sempre a pessoa que procurou os serviços das benzedeiras sai muito satisfeito daquela sessão, sendo que a benzedeiras, resolvem muitos casos, que vão desde diarréia infantil, cobreiro, erisipela, mau-olhado, inveja, energias negativas, onde as mazelas corporais e espirituais são tratadas e curadas apenas com as rezas, nada disto importa, o mais importante mesmo é o poder da FÉ.

“ALGUMAS REZAS DAS BENZEDEIRAS”

“PARA BENZER A CASA”

 

A benzedeira ou benzedor, reza assim: “Santo Antônio de Nazaré, eu benzo, minha casa com arruda e guiné, proteja minha morada. (fazer uma mistura com água, sal grosso e arruda e espalhar por todos os cômodos da casa)

“PARA NÃO FALTAR DINHEIRO”

 

Ajunta-se três punhados de açúcar, com três punhados de pó de café com casca de alho, coloque tudo junto em uma vasilha com brasas e defume a casa, passando por todos os cômodos.

“PARA CORTAR COBREIRO”

(Rezando): “Indo JESUS com JOSÉ numa longa viagem, perguntou JOSÉ:

O QUE É ISTO SENHOR? FOGO
COM O QUE SE APAGA?
COM ÁGUA FRIA E TRÊS PITADAS DE SAL, EM NOME DA VIRGEM MARIA, AMÉM.

 

(continua na próxima edição)

“CULTURA POPULAR”
“O MUNDO MISTERIOSO DAS BENZEDEIRAS”

Parte 1

Francisco José Géa

“APRESENTAÇÃO”

Todos nós, em algum dia de nossa vida, já tivemos a necessidade de procurar e solicitar os serviços de alguma “benzedeira” ou “benzedor”.  A própria tradição nos ensinou esta prática, que é uma cultura popular bem antiga, destas crendices. Sendo que ela nos foi ensinada e passada pelos nossos pais, que por sua vez foi transmitida para eles, pelos nossos avós, bisavós, tataravós e vai por ai adiante, sendo que eu mesmo, até hoje, procuro Poe estes serviços, onde realmente sou muito bem atendido e onde tenho todos os meus desejos atendidos.

“O INICIO DESTES COSTUMES”

Ou o ato das benzeduras remonta da GRECIA antiga, tendo se espalhado pela Europa, passando pela Espanha e Portugal, sendo que não existe uma data segura de como tudo começou.
Aqui no Brasil, acredita-se que o surgimento de benzedores, junto com os curadores deu-se no período colonial, época em que houveram encontros dos nossos índios, que junto os escravos africanos, mais os antigos “boticários” “portugueses”, houve uma mistura de rezas com pajelanças indígenas, havendo assim, o surgimento desta cultura popular.
Então houve um forte sincretismo disto tudo, mais com as nossas plantas medicinais, havendo aí uma mistura de rezas, orações, palavras mágica e etc, proporcionando o surgimento dos benzedores.

“OS BENZEDORES E BENZEDEIRAS”

Não cobram pelos os seus serviços, pois acreditam que a força da sua reza é um dom divino e que eles tem que atender a todos que batem em sua porta, sendo que por lá aparecem gente de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos, por lá aparecem gente rica e gente pobre, pessoas como donas de casa, políticos, empresários, trabalhadores comuns, advogados e etc. Muitos dos benzedores são apegados na raízes e plantas, como por exemplo ao Guiné, Boldo, Comigo Ninguém Pode, Mirra, Artemísia e etc. Muitos fazem algumas misturas e indicam alguns destes produtos da nossa flora, para serem usados como um “banho de descarrego”.
As sessões de benzeduras acontecem desde o raiar do dia e vão até o por do sol e a maioria dos benzedores não fazem sessões aos sábados e domingos.

Há de registrar que algumas benzedeiras, após as sessões, chegam até a ficar de cama, exautas mesmo, pois muitas das pessoas possuem muitas energias negativas, sendo que estas energias ruins, passam todas elas para a pessoa que as benzeu, entretanto, todas as benzedeiras, sabem muito bem se livrar destas energias negativas.

“O RITUAL”

Que é uma tradição de cidade do interior, são acontecimentos e conhecimentos que foram acumulados há muitos anos, onde os benzedores usam deste seu poder para realizar curas e trabalhos espirituais, até quase inexplicáveis, mas que realmente funcionam muito bem.

O ritual sempre é iniciado com um ramo, que pode ser arruda, boldo ou guiné, onde a benzedeira com um terço nas mãos, faz as suas orações, fazendo movimentos em torno da cabeça ou em volta da pessoa que está sendo benzida, dizendo palavras boas e construtivas e rezando em voz alta para aquela que está sendo benzida, e quase sempre a pessoa que procurou os serviços das benzedeiras sai muito satisfeito daquela sessão, sendo que a benzedeiras, resolvem muitos casos, que vão desde diarréia infantil, cobreiro, erisipela, mau-olhado, inveja, energias negativas, onde as mazelas corporais e espirituais são tratadas e curadas apenas com as rezas, nada disto importa, o mais importante mesmo é o poder da FÉ.

“ALGUMAS REZAS DAS BENZEDEIRAS”

“PARA BENZER A CASA”

 

A benzedeira ou benzedor, reza assim: “Santo Antônio de Nazaré, eu benzo, minha casa com arruda e guiné, proteja minha morada. (fazer uma mistura com água, sal grosso e arruda e espalhar por todos os cômodos da casa)

“PARA NÃO FALTAR DINHEIRO”

 

Ajunta-se três punhados de açúcar, com três punhados de pó de café com casca de alho, coloque tudo junto em uma vasilha com brasas e defume a casa, passando por todos os cômodos.

“PARA CORTAR COBREIRO”

(Rezando): “Indo JESUS com JOSÉ numa longa viagem, perguntou JOSÉ:

O QUE É ISTO SENHOR? FOGO
COM O QUE SE APAGA?
COM ÁGUA FRIA E TRÊS PITADAS DE SAL, EM NOME DA VIRGEM MARIA, AMÉM.

 

(continua na próxima edição)

 

Por Editor1

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