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A exposição “Muros Invisíveis”, que fez parte da programação do 10.° Festival Literário de Araxá – Fliaraxá, patrocinado pela CBMM, ocupando as ruas do Centro da cidade durante o período do festival que aconteceu em maio, agora, transfere-se para o Parque do Cristo. A inauguração aconteceu no dia 4 de junho, seguindo até o dia 4 de setembro de 2022, com entrada gratuita. A exposição é composta por fotografias de 42 afroempreendedores da cidade de Araxá, registradas pelo fotógrafo Gabriel Andrade de Paula, e exibidas em 23 totens, com cerca de dois metros de altura cada um.  “A continuidade é uma proposta do Fliaraxá para que a exposição possa ser contemplada por mais pessoas, além de levar arte para esse importante cartão postal de Araxá que é o Parque do Cristo. Ainda mais com um projeto que tem por objetivo dar visibilidade ao afroempreendedorismo e ao protagonismo do Afonso Borges idealizador do Fliaraxá.

A exposição recebeu uma homenagem na Câmara dos Vereadores de Araxá, que reconheceu a importância do trabalho apresentado durante o Fliaraxá e concedeu uma Moção de Congratulação a Marisa Rufino, Gabriel Andrade de Paula e a Carlos Vinicius Santos. Na justificativa dessa Moção, os vereadores reconheceram a diversidade, a alegria e a cultura do povo preto, através das obras “Muros Invisíveis”.

 

Para Carlos Vinicius Santos da Silva, coordenador do Centro de Referência da Cultura Negra de Araxá, “o reconhecimento da Câmara Municipal trás a confirmação da mudança que a cidade passa, se tornando a cada dia uma cidade mais antirracista”.

 

A iniciativa de transferir a exposição “Muros Invisíveis” para o Parque do Cristo agradou Marisa Rufino, liderança da Cufa de Araxá, uma das idealizadoras do projeto. “Acho extremamente importante esse novo espaço, dada a necessidade de apreciar, empoderar e quem sabe encorajar mais pessoas a se sentirem importantes e peças fundamentais de um todo . Esse olhar não é para dividir , ou falar sobre as partes tristes, mas sobre a contribuição do povo preto na construção do Brasil”, ponderou ela.

 

E Carlos Vinicius complementa, “a mudança da exposição muros invisíveis de local exalta a importância da continuidade da luta do movimento negro”.

 

Gabriel Andrade de Paula, fotógrafo  da Exposição, nem imaginava que ela pudesse ser transferida para um local de tão grande importância para a cidade. “A Exposição foi vandalizada por três vezes e jogada ao chão por outras duas vezes. E essa mudança de local é um símbolo de força e não de perda de importância, para que assim outras pessoas possam ver e se emocionar com a grandiosidade da “Muros Invisíveis”. Que esse não seja o final, mas apenas mais um passo que a gente está dando, para como o próprio nome da exposição diz, não sermos invisíveis”, refletiu ele.

Por Editor1

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