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Daniel de Freitas

2//01/2020- 13:14

PorEditor1

jan 2, 2020

Santa Incoerência

Caracterizando o que quero dizer por incoerência: a falta de interligações lógicas entre idéias e atos de uma mesma pessoa ou grupos de pessoas com formação e interesses próximos, ao longo de um tempo razoável.

Na totalidade dos casos que citarei, entendo que os protagonistas não são adeptos da prática da coerência , porquanto colocam-na em posição de subordinação aos seus interesses imediatos e mediatos. Não lhe atribuem o sentido que tem e que deveria nortear todas as atitudes de servidores públicos eleitos ou não.

1- Um ministro do STF, acredito que a maioria o identificará sem que eu decline seu nome, o mais incorreto, o menos cumpridor de todos os preceitos que regem as ações de juízes no Brasil, foi o primeiro juiz de um tribunal superior a manifestar-se favoravelmente sobre a nova armação dos bandidos de colarinho branco contra a operação lava jato.  Refiro -me às gravações clandestinas divulgadas por um pseudo repórter estrangeiro. Todos sabem do que se trata.  Armação para inibir os trabalhos profícuos da operação lava jato. O ministro tinha sua fala pronta: provas obtidas, mesmo que de forma ilícita, se forem para inocentar algum condenado, devem ser consideradas. Como ministro que se acha melhor que todo mundo, que só recebe ordens do chefão da orcrim, será que ele não pensou nos detalhes necessários para a consideração de uma prova, como por exemplo a verificação da autenticidade das gravações, a necessidade de uma perícia ou a possibilidade de edição e alterações de textos?

Talvez não tenha pensado pois nem juiz ele foi. Foi um sacripanta de políticos do psdb até ser premiado com um cargo de ministro do stf.

Sem delongas, vou classificar tal atitude com os piores termos para esse tipo de gente: desonestidade e molecagem. Quero crer que esse juiz estava ciente da armação aludida muito antes de nós.

2- O Ministro da Justiça Sérgio Moro compareceu na CCJ da Câmara para responder sobre as gravações ilegais de diálogos com Procuradores da operação lava jato quando ainda era juiz. Como um dos protagonistas principais da operação que iniciou o desmonte da maior quadrilha que passou pelo nosso planeta, recebeu elogios e respondeu indagações inteligentes de alguns deputados. Já dos deputados que defendem bandidos recebeu insultos e impropérios. Ainda assim respondeu com coragem, segurança e educação a alguns desses bandidos que têm o desplante de interrogar um homem da lei, o de maior conceito e reconhecimento que o país já teve. Observe-se que as intervenções desses safados vinham eivadas de medo do representante da lei. Ações típicas de partidos políticos incoerentes que têm muito mais a esclarecer e pagar do que perguntar.

Mas quero chegar na manifestação de um vagabundo do psol do interior do RJ.  Além de incoerente, indecorosa. Se esse crápula não for enquadrado na comissão de ética da casa, suprima-se essa comissão, que tem demonstrado e reiterado que não sabe sequer o que é ética e decoro.

Recebe a mesma classificação e a mesma nota do item anterior: molecagem nota zero. Coisa de países aparelhados do terceiro mundo.

3- Com respeito ao atentado contra a vida de Bolsonaro. A OAB entrou com uma ação no Stf, que foi deferida, pela qual impede que as Polícias que investigam o atentado possam investigar o celular apreendido com o criminoso. Brincadeira? Esse absurdo ao tempo que um dos ministros apoia o uso de dados obtidos por ligações criminosas para interferir na operação que veio para resgatar a dignidade do nosso Brasil: a operação lava jato.

Vamos apoiá-la.

Melhor avaliando o título desse texto, peço considerarem um novo título,  mais adequado: infame desonestidade no lugar de santa incoerência.

 

Daniel de Freitas é araxaense e administrador de empresas

Por Editor1

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