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Sob diversas formas e intensidades, a violência doméstica e familiar contra as mulheres e crianças é recorrente e presente no mundo todo, motivando crimes hediondos e graves violações de direitos humanos. Mesmo assim, frases como essas ainda são amplamente repetidas, responsabilizando a mulher pela violência sofrida e minimizando a gravidade da questão. De acordo com estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – Estudio multipaís de la OMS sobre salud de la mujer y violencia doméstica contra la mujer (OMS, 2002) – as taxas de mulheres que foram agredidas fisicamente pelo parceiro em algum momento de suas vidas variaram entre 10% e 52% em 10 países pesquisados.

No Brasil, estima-se que cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos; o parceiro (marido, namorado ou ex) é o responsável por mais de 80% dos casos reportados, segundo a pesquisa Mulheres Brasileiras nos Espaços Público e Privado (FPA/Sesc, 2010).

Apesar dos dados alarmantes, muitas vezes, essa gravidade não é devidamente reconhecida, graças a mecanismos históricos e culturais que geram e mantêm desigualdades entre homens e mulheres e alimentam um pacto de silêncio e conivência com estes crimes.

E esse tema complexo e cada vez mais comum no Brasil é fruto de um trabalho árduo de combate, esclarecimento e prevenção, que já dura dez anos, por parte do antropólogo, pesquisador, historiador ,  escritor e palestrante Paraibano, Daniel Guimarães.  Com várias obras e projetos  voltados ao Combate da Violência Doméstica e a Importância da Escola na Prevenção desses Crimes.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Interação, Daniel Guimarães, disse que, “o que despertou a minha atenção sobre este assunto, foi a promulgação da Lei Maria da Penha, que é um norte, mas ela tem algumas falhas e isso na minha visão; viajando a mais de 10 anos pelo Brasil, principalmente no norte do país, na região da Amazônia, onde o número de feminicídio  é muito alto, pois a maioria das cidades não tem delegacia  especializada para atender a questão da violência contra a mulher. Em Roraima se instalou o caos por causa da imigração dos Venezuelanos.   E esses crimes geralmente estão associados ao machismo, ciúme e a posse cultural que sempre geram a  violência contra a mulher e  ela acontece na sua maioria dentro de casa”.

O pesquisador também relatou que, “ a gente observou que essa violência atinge todas as classes sociais e que as relações humanas com o advento das redes sociais e da internet, estão cada dia mais fragilizadas. É o homem achando que pode ter o controle sobre tudo que a mulher pode fazer. E a saúde mental após a pandemia também é um fator que também mexeu muito com a estrutura familiar. As drogas e o álcool também são um combustível para o aumento desse violência  domestica.  E por fim essa violência contra a mulher comprovadamente aumenta 300% por cento nos finais de semanas e feriados, pois o homem está dentro de casa”.

 

Dentro deum  amplo estudo e pesquisas desenvolvidas  sobre o tema, em várias regiões do Brasil, Daniel Guimarães ativamente em várias cidades levando de forma pedagógica e plural, seu trabalho e projetos voltados para o combate e a prevenção destes crimes de abuso e violência doméstica contra as mulheres . É por isso que o Escritor, pesquisador, palestrante e antropólogo, Paraibano de 47 anos, está na região do Alto Paranaíba, a convite do Consórcio Cimpla/Ampla, para desenvolver nos 11 municípios do Consórcio, esse projeto junto à escolas, alunos, professores e pais.

Dentro do projeto “Combatendo a Violência Doméstica”, Daniel Guimarães, também realiza palestras, distribuição de cartilhas e um livro didático e pedagógico para estudantes, destacando a escola como principal alicerce de preservação e combate a esse crime bárbaro.   Um trabalho que terá duração de seis meses e vai contemplar milhares de alunos em escolas de 11 municípios da região de Araxá, que fazem parte do Consórcio Cimpla/Ampla.

 

 

 

 

 

Por ego

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