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Solidão

 

O cantor, compositor, cineasta e escritor Alceu Valença

 

 

Este pernambucano de São Bento da Una tem inúmeros sucessos, mas um dos que eu mais gosto é ‘Solidão’, uma música bonita, simples, com um acompanhamento magistral e uma letra que faz jus ao título. Seu primeiro disco foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo.

Influenciado pelos maracatuscocos e repentes de viola, Alceu Valença  conseguiu utilizar a guitarra com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico nas suas músicas.

Em 1996, ao lado de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho, participou da série de shows ‘O Grande Encontro’, que percorreu diversas cidades brasileiras e foi registrada pela gravadora BMG no álbum de mesmo nome.

Em 2009, trabalhou no seu filme Cordel Virtual (A Luneta do Tempo), um musical que não segue a linha de nenhum musical tradicional. Trata-se de um mergulho que faz em sua infância, no seu passado e que tem a trilha sonora das ruas do Nordeste, dos cantadores anônimos, violeiros, emboladores, arautos de feira, da música de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, do samba-canção dos anos 50 e da música contemporânea brasileira.

Em 2014, o álbum ‘Amigo da Arte’ foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras. Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria ‘Melhor Cantor Regional’.

Alceu lançou em janeiro de 2015 um livro de poesias pela Chiado Books. A obra ‘O Poeta da Madrugada’, segundo escreveu o jornalista e escritor José Eduardo Agualusa no prefácio, tem versos que “já trazem consigo a música, uma melodia interna, que permanece em nós, que continua reverberando em nós, mesmo depois que nos afastamos deles.” Na música, outros grandes sucessos de Alceu foram Morena Tropicana, Anunciação, Maracatu, La Belle de Jour,  Tu vens, Coração Bobo, Pelas ruas que andei, Ai que saudade d’ocê e Na primeira manhã.

A letra de ‘Solidão’ fala deste terrível sentimento que às vezes se abate sobre nós – todos nós – e infelizmente causa inúmeros transtornos em nossas vidas, ou ‘um descompasso no meu coração’, como diz o autor.

Abaixo os versos desta simples e gostosa ’Solidão’:

“A solidão é fera, a solidão devora
É amiga das horas, prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração

A solidão dos astros
A solidão da Lua
A solidão da noite
A solidão da rua

A solidão é fera, a solidão devora
É amiga das horas, prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração, solidão

A solidão é fera
É amiga das horas
É prima-irmã do tempo
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração

A solidão dos astros
A solidão da Lua
A solidão da noite
A solidão da rua.”

Por Editor1

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