E o destino desfolhou
Capa do disco do cantor Carlos Galhardo
A crônica de hoje é uma homenagem à minha falecida mãe! Exatamente há 51 anos atrás, no dia 25 de fevereiro de 1971, falecia a minha querida mãe, Edith França de Freitas, com apenas 58 anos de vida, vítima de um doença cardíaca.
A música ‘E o destino desfolhou’ é uma das melhores lembranças que tenho dela cantarolando. Ela gostava da música e do cantor Carlos Galhardo, um dos maiores ídolos brasileiros dos anos 1960/70.
Mamãe era uma mulher maravilhosa. Criou seis filhos, com muita dificuldade, mas com muito amor e dedicação nos ensinou a ser educados, humildes, honestos e gentis. Tudo o que ela era, só para citar algumas qualidades. E não sou eu quem diz, mas todos aqueles que conheciam dona Edith sabia o quanto ela era generosa, espontânea, serena, educada, inteligente, e muito mais.
Casada com o meu pai, Nicanor de Freitas, uberabense, que foi presidente da Liga de Futebol de Araxá e mais tarde vereador. Mamãe nasceu Edith França, filha das famílias França e Cardoso.
A composição da valsa é de Gastão Lamounier, com uma bela letra escrita por Mário Rossi. ‘E o destino desfolhou’ foi gravada também por outros grandes cantores tais como Francisco Petrônio, Sílvio Caldas e mais recentemente por Paulo Sérgio.
Minha mãe
Mas, voltando à música, é uma bela valsa, como hoje já não se faz mais. Para quem gosta deste ritmo, segue abaixo os belos versos desta poesia musical:
“O nosso amor traduzia
Felicidade e afeição
Suprema glória que um dia
Tive ao alcance da mão
Mas veio um dia o ciúme
E o nosso amor se acabou
Deixando em tudo o perfume
Da saudade que ficou
Eu te vi a chorar
Vi teu pranto em segredo, correr
E parti a cantar, sem pensar que doía esquecer
Mas depois, veio a dor
Sofro tanto e essa valsa não diz
Meu amor, de nós dois
Eu não sei qual é o mais infeliz
Os nossos olhos choraram
O nosso idílio morreu
Os nossos lábios murcharam
Porque a renúncia doeu
Desfeito o ninho, a saudade
Humilde e quieta ficou
Mostrando a felicidade que o destino desfolhou
Eu te vi a chorar
Vi teu pranto em segredo, correr
E parti a cantar, sem pensar que doía esquecer
Mas depois, veio a dor
Sofro tanto e essa valsa não diz
Meu amor, de nós dois
Eu não sei qual é o mais infeliz.”