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Coluna do Daniel de Freitas

22//08/2019- 16:55

PorEditor1

ago 22, 2019

Primeiro desvio?

Estou desconfiado, repito BEM DESCONFIADO, de que nosso Presidente se deixou envolver em uma trama da velha política para livrar a cara de um dos seus filhos – o patrão do Queiroz, Flavio Bolsonaro. E, se isso restar comprovado, as consequências para o futuro do Brasil são graves.

Me explico: essa história do filho do Presidente na Assembleia Legislativa do Rio não foi devidamente explicada. O sumiço do Queiroz é muito suspeito. As investigações não andam. O recurso do investigado ao STF muito mais indica culpabilidade que inocência.

Some-se aí o fato de que o Flávio Bolsonaro no Senado não votou a favor da CPI das cortes superiores. Não votou em matéria alguma que contrarie interesses do STF ou de seus integrantes. O Presidente e seus aliados não estão oferecendo ao Ministro Moro o suporte devido para encaminhamento de leis de combate à corrupção. Corre um boato que o Presidente está pressionando o Ministro Guedes para substituir o Superintendente do COAF, indicado por Moro.

O Tofolli, por atrevido e antipatriótico que seja, não teria feito essa aberração que fez, usando a petição do filho do Presidente, se não contasse com respaldo político. De quem? Dos que são contra a lava-jato.

E, para coroar a suposta trama, aparece essa conversa de que o Presidente se comprometeu a indicar, para um cargo importante, um candidato da preferência de Tofolli.

Se tudo isso for verdade, essa enorme patacoada vai interferir muito negativamente no processo de moralização do país.

Eu venho insistindo em que essa exagerada participação de família Bolsonaro e gurus na gestão do país é deletéria.

Nada contra o fato de que os filhos do Presidente sejam políticos. Mas que cada um conduza sua própria carreira e também que assuma as responsabilidades pelos seus atos. Misturar as coisas está errado.

Atos contínuos ao do Tofolli, vieram outros tantos, de iniciativa de alguns outros ministros destrambelhados do STF, em tentativa de imposição do poder judicial sobre os demais poderes e contra a moralização da gestão pública. Contra a maior operação para coibir a corrupção que o mundo já viu – a operação lava jato.

O alvo inicial era o Ministro Moro. Como não conseguiram encontrar qualquer prova contra Moro, agora querem afastar o Procurador Dallagnol.

Temos a endossar essa operação a integralidade do poder executivo, uma parcela do Poder Legislativo, aquela que nada deve à justiça, igualmente uma parcela do poder judiciário. Temos contado com a quase integralidade do Ministério Público Federal, com a grande maioria do pessoal da Receita Federal e com a denodada aplicação da Polícia Federal.

E, como fator da maior importância, contamos com a seriedade e com a credibilidade das Forças Armadas do Brasil. E, acima de tudo, o apoio maciço da população, ávida que está por ter de volta nosso Brasil, que esteve sequestrado por ladrões durante mais de três décadas.

Me atrevo a citar alguns cargos importantes ocupados por cidadãos que nunca contaram com minha confiança e, para mim, são suspeitos, por estarem em dívidas com a justiça, eis que são pelo menos investigados por participação em supostas ilegalidades ou que foram beneficiados financeiramente pelas gestões públicas que arruinaram o Brasil. Dentre outros alguns membros dos tribunais superiores, o Presidente do Senado Federal, o Presidente da Câmara Federal, o atual presidente da OAB, muitos deputados e muitos senadores. Destaque especial para o Presidente do Conselho do Ministério Público Federal, um tal Senhor Docel (?), indicação de Renan Calheiros que vive do excelente salário que pagamos-lhe para perseguir um dos heróis do combate à corrupção – Dallagnol.

Mas, na minha avaliação, tendo o Presidente da República à frente e contando com todo esse elenco favorável que relacionei, temos ótima oportunidade de vencer o banditismo. A condição é que nossos líderes, como o Presidente Jair Bolsonaro e outros sejam coerentes, honestos e transparentes. Sei que a luta será difícil, mas temos as armas para vencê-la. Não podemos nos descuidar.

Nesse sentido espero que o nosso Presidente se pronuncie, ele que fala sobre muitas coisas inúteis, sobre sua não participação nessa trama diabólica. Que declare que não tem esse suposto compromisso com Dias Tofolli. Que não irá indicar ninguém que seja ligado à esse inimigo da pátria – Tofolli.

PECAREM PELO SILÊNCIO QUANDO SE DEVERIA PROTESTAR, TORNA OS HOMENS COVARDES.

Abrahão Lincoln

 

 

Daniel de Freitas e araxaense e administrador de empresas

Por Editor1

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