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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial tem algum tipo de deficiência auditiva. Para identificar as alterações do padrão auditivo é necessária a investigação da saúde auditiva da população. Segundo o médico Marcelo Viviani, otorrinolaringologista da Unimed Araxá, a avaliação da condição auditiva de um indivíduo inclui uma análise completa. “São exames audiológicos básicos, como audiometria tonal, audiometria vocal e imitanciometria, que são considerados exames mínimos necessários para se aferir a audição de um indivíduo e auxiliar no topodiagnóstico das lesões do sistema auditivo”, diz.

Além desses exames básicos, existem também os exames complementares que contribuem com informações mais detalhadas sobre a audição e o sistema auditivo. “Os exames complementares mais utilizados são exames de emissões otoacústicas (EOA), exame de potenciais evocados auditivos (PEATE), exames de respostas auditivas de estado estável e exames vestibulares e teste de processamento auditivo central”, explica Viviani.

Cada um desses exames tem objetivos específicos e características peculiares para se concluir um diagnóstico audiológico. “Os exames realizados devem ser analisados em conjunto”, afirma o médico.

O principal objetivo da audiometria tonal é investigar a função auditiva. Além disso, o exame fornece informações sobre o possível local da lesão. Pode ser realizado em adultos e em crianças a partir de aproximadamente 6 meses de idade.

“A audiometria tonal identifica a presença ou ausência da perda auditiva. Essa verificação ocorre por meio da pesquisa da menor intensidade capaz de provocar uma sensação de audição em um indivíduo, ou seja, a pesquisa do limiar auditivo”, explica Viviani.

Com o surgimento do audiômetro, tornou-se possível determinar precisamente o limiar auditivo dos indivíduos. Antes de iniciar os procedimentos audiológicos específicos é fundamental realizar uma entrevista (história clínica) com os pacientes, a fim de identificar a queixa principal, os sinais e os sintomas relatados, que contribuam para a interpretação do quadro audiológico. Além da história clínica é de fundamental importância o exame otorrinolaringólico completo, com meatoscopia (exame do ouvido), para possíveis causas externas (rolha de cera por exemplo).

O exame de audiometria tonal e vocal deve ser realizado em ambiente acusticamente tratado. Isto quer dizer que as salas de teste devem ser suficientemente silenciosas a fim de evitar que os estímulos apresentados ao paciente sejam mascarados pelo som ambiente.

“No dia do exame o paciente tem que estar clinicamente bem, descansado, sem quadro infeccioso, principalmente infecção de vias aéreas superiores, que interfere no resultado audiológico”, alerta Viviani.

Por ego

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