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Coluna Carta Para Maria:

30//06/2022- 16:26

PorEditor1

jun 30, 2022

 

Por Cecília Beatriz Porfírio Pereira Rosa

Bom Dia! Você deu uma sumida boa! Até achei que: mudou de Planeta! Sei que não deixaria de me avisar! Depois de um longo atropelo descobri: sem uma perna – ficamos “fincados” num só lugar. Andar é tão esplêndido como pensar! Nesse momento volto lá longe … 30 anos atrás como participei, ativamente aos 30 anos! Como! É que sou neta mais velha de um artista da terra! Vivi momentos mágicos naquele tempo. Descobrir que meu avô paterno não era um avô qualquer! Ele era um sonhador…. um artista… um maestro com a sua arte fizera de Araxá outro brilhante com seu talento. Vou passar a história dele escrita há 150 anos. Agora com um dado novo na plataforma atual. Explico melhor quando Araxá fez 150 anos, muitos araxaenses contaram a sua história! Algumas verdadeiras, outras não aprovadas, tudo muito interessante, eu – como historiadora bastante idosa… 93 anos conclui que deveria participar quando o assunto era sério! 30 anos da Escola de Música Maestro Elias Porfírio de Azevedo. O momento, bem escolhido – a matéria é minha, atendo ao convite que recebi – Agradeço. Não pude participar, razões físicas ( fraturas, 5 na perna direita, acrescido de fratura na bacia ). Fui bem assistida pela medicina local e de Uberaba, nota 1000. Ainda estou sob vigilância!

Texto publicado em 30 de maio de 2015 – no jornal O Correio de Araxá:

“Araxá 150 anos – Academia Araxaense de Letras

Cecília Beatriz Porfírio Pereira Rosa

Parabéns Araxá!

Maestro Elias Porfírio de Azevedo aqui viveu!

Há mais de cem anos ele nasceu! As escalas musicais, em todas as pautas do mundo foram suas conhecidas, universalizou-se  com a arte. A dimensão que não se compra, o feitio que se herda, o talento que pode ser relido, relembrado porque é eterno! Já existia antes do nosso tempo e não morrerá com o nosso tempo. Ele amava as manifestações da arte; foi um cultor apaixonado da cultura; não como alguma  coisa que se pega no meio do caminho, mas uma identificação que acorda, é alimentada, vive no dia a dia e deixa certidões! A história acontece no tempo certo, com personagens mais convencidos do que treinados para o desempenho de seus papéis. Ela vai mais longe, porém, consegue reacontecer na memória do homem. De repente, coisas antigas, aparentemente esquecidas, são preservadas dentro de nós. –frequentemente sem que as percebamos – vêm à superfície e começam a nos falar: – Como o barulho de uma luminária, provocado pelo fio elétrico abaixando a lâmpada, na alta hora da noite e do tempo; enquanto vô Eliazinho lia, lia e guardava uns artigos a serem relidos, comentados ou sacramentados entre relíquias valiosas para o adulto; tolas para a criança que eu era. – Por que as pessoas lêem livros e jornais!  Guardei a interrogação. Avaliei mais tarde o seu significado. “ O ser humano vai sendo ensinado através da leitura. Outras fusões acontecem, a pessoa se descobre, se se destaca, se anula ou se projeta, diante de experiências vigentes, graças ao hábito de ler. Escolhi os closes, nos guardados da memória, entre a imagem rápida-uma caneta ou sorriso – a pessoa vestida  de si mesma, compromissada com suas medalhas  e seus fracassos. As medalhas para polir. Os fracassos para caçoar, para o que mais servem! Eu correndo do quarto para o quintal, a pressa e o medo de incomodar não me impediram de vê-lo como o avô e o leitor. Avô todo mundo tem, ou teve aquele ali recostado na cabeceira de uma sólida e elegante cama, não era um avô qualquer. Vivia num mundo que tinha  uma significação. Relacionava-se com alguma mais que sendo exterior a ele mesmo, não lhe deixava de ser essencial – a música. Por que milhões de pessoas ouvem música!”

 

 

Por Editor1

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