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Modelo promete autonomia de 150 km e permite até 20 mil ciclos de recarga sem perder eficiência

 

A eletrificação da mobilidade é um caminho sem volta. Fabricantes e governos já estipularam as datas para aposentar os motores a combustão. No entanto, um dos grandes entraves dos veículos elétricos está na autonomia das baterias e também no tempo de recarga. Assim, fabricantes buscam opções de autonomia estendida e sistemas que reduzem o tempo na tomada.

A CBMM, empresa mineira que atua na fabricação de produtos de nióbio, aposta na agilidade para tornar os elétricos mais práticos e funcionais. A empresa fechou parceria com a fabricante de motocicletas elétricas Horwin Brasil para aplicação de baterias com óxido de nióbio, que permitem recarga de alta velocidade.

O elemento químico será adicionado às pilhas de íon de lítio. O elemento tornaria a recarga mais rápida.  De acordo com a empresa, o primeiro protótipo da bateria deve ficar pronto até junho. Com 6.200W, essa célula de energia será acoplada ao modelo CR6.

A autonomia da bateria é de 150 km, que de acordo com a empresa atende a necessidade dos motociclistas que transitam por trajetos urbanos. No entanto, o grande diferencial dessas pilhas será o tempo de recarga.

“O uso do óxido de Nióbio no ânodo das baterias de íons de lítio fornece características especiais para esse componente. Por ser um elemento muito estável, permite operações mais seguras e eficientes. Além disso, devido à sua estrutura cristalina mais aberta, o que facilita a intercalação do lítio, permite a recarga total em menos de 10 minutos, sem causar danos à bateria”, explica o gerente do Programa de Baterias da CBMM, Rogério Ribas.

Vida útil

A Horwin por sua vez pontua que a durabilidade das baterias com óxido de nióbio são outro diferencial da tecnologia. “Trabalhamos para que ofereçam uma moto elétrica com carga ultrarrápida de até 10 minutos. Além do diferencial da recarga, as baterias com nióbio permitem até 20 mil cargas”, explica a CEO da Horwin no Brasil, Pricilla Favero.

Em tese, a vida útil da bateria permitiria quilometragem de até 3 milhões de quilômetros. No entanto, a CBMM também aponta que depois de esgotada o ciclo de recarga para uso na motocicleta, as baterias com nióbio podem ser reaproveitadas para fornecimento de eletricidade para uso doméstico, como armazenamento de captação de energia solar e eólica.

O uso do elemento tem atraído outros setores da indústria. A CBMM aponta que a gigante dos eletrônicos, Toshiba, também está de olho no emprego do óxido de nióbio para a próxima geração de baterias. As duas empresas trabalham no desenvolvimento de células com uso de óxido de nióbio e titânio (NTO), que prometem tornar as futuras baterias mais eficientes.

 

Por Editor1

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