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BANDEIRA BRANCA

11//04/2016- 14:09

PorEditor1

abr 11, 2016

vilminha4 001Vilma Cunha  Duarte

As motivações para eu abordar o tema da vez são extraordinárias. Já perdi a conta das tantas que sou “induzida” a abordar determinado assunto. Hoje, um sonho tão estranho quanto bonito, pediu-me para falar de perdão…

Morro sem compreender o desperdício de espaços vitais do coração com raivas velhas e rancores amanhecidos em dias, meses e anos sem perdão. Como condenar o convívio à prisão perpétua por causa, talvez, de uma única atitude infeliz?

Por que expulsar alguém da morada da amizade ou do amor por deslizes prosaicos, em detrimento de tanta coisa boa, vivida e partilhada nos condomínios dos relacionamentos.

Mesmo os delitos sérios são passíveis de compreensão. Jesus Cristo morreu perdoando e ressuscitou milagrando o bem que o perdão pode fazer. Religiões e crenças pregam e testemunham a eficácia do perdão. Ateus acreditam no poder do perdão. A ciência comprova a eficiência do perdão.

Diante da solidariedade e grandeza de sentimentos, o sujeito não deixa de ser ele mesmo porque age certo ou errado em determinadas situações. Com fraquezas de lhe pregar peças e qualidades de encantar. O que multiplica desafetos chorados e afetos espetaculares.

Graças a Deus! Se todo mundo tivesse raiva destruidora de todo mundo, a vida perderia a poesia.

Malhamos com gosto os escandalosos de Brasília, mas daí, a virar atirador de elite e extirpar a espécie, seria flyerimpensável. Adianta espumar por causa deles?
Vai-se afiando a arma do voto. Talvez um dia…

Gostei de atender ao sonho estranho e muito bonito que me induziu a pegar fundo nas reservas de misericórdia. Até onde e em quantos corações eu puder chegar. Um minutinho de condescendência apaga séculos de desconforto emocional.

No tempo de frio, muita gente adoece e morre. Amargando, quem sabe, o perdão recusado, ou não recebido. Omissão e remorso são parentes gélidos da incapacidade de compaixão.

Custa muito menos ao bem estar pessoal examinar-se por dentro e refletir compassivo, que bancar o estrago caro das doenças da ira na alma e no coração.

Santos não somos! Quem nos dera a graça e desafio para poucos. Mas, misericordioso quem quiser, será.

Perdão incomoda, sim. Dá angústia no peito e acumula rejeitos nas vias de acesso a ele.

Ah! Se nos perdoássemos e nos amássemos com a disposição de jogar a primeira pedra… a segunda… a terceira… outra… tantas…!

Bocas desenhariam sorrisos felizes e os deixariam lá. Falariam palavras escolhidas no amor, na paz e na fraternidade e beijariam o mundo, complacentes.

Mãos trocariam armas por flores e entrelaços.

Braços abraçariam a amizade de volta, apertando a doçura se viver em harmonia.

flyer_jornaisE quem se habilitasse, experimentaria o alívio curador de ser um instrumento de paz.
 

Por Editor1

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