Logo Jornal Interação

Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, que tem cura e tratamento garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  A doença pode apresentar as seguintes classificações: Sífilis adquirida (podendo caracterizar-se como recente, nos casos com menos de um ano de infecção, e tardia, com mais de um ano), sífilis na gestante e sífilis congênita (transmitida de mãe para filho durante a gestação ou no momento do parto). A coordenadora de DST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Jordana Lima, explica que, no caso da sífilis adquirida, os sintomas podem variar de erupções na pele, febre e queda de cabelo, podendo até mesmo causar, quando não tratada, problemas cardiovasculares e complicações ósseas. A coordenadora explica, ainda, que a maioria das pessoas com sífilis tende a não ter conhecimento da infecção, principalmente no período de sífilis latente, quando não se observa nenhum sinal ou sintoma clínico da doença. No entanto, mesmo durante essa fase, pode-se transmitir a infecção aos parceiros sexuais. Dessa forma, a principal maneira de prevenir a sífilis é fazer uso do preservativo, seja ele masculino ou feminino. “É importante ressaltar que em todas as relações sexuais (anal, vaginal e oral) deve-se utilizar o preservativo”, ressalta a coordenadora. Gestantes com sífilis que não façam o tratamento poderão transmitir a doença ao bebê durante a gravidez ou no momento do parto. Dentre as complicações provocadas estão: possibilidade de nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, pneumonia, anemia, má-formação e até o acometimento cerebral, podendo levar à morte. Jordana destaca, por isso, a importância da realização do exame pré-natal logo no início da gestação e conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. “Para o combate à sífilis congênita, é importante realizar os exames no pré-natal da gestante. É através destes exames de rotina, do tratamento adequado da gestante e do parceiro que torna-se possível a prevenção da infecção no recém-nascido”, afirma Jordana Lima. Dentro da proposta de ampliação do acesso ao diagnóstico, o paciente poderá ser encaminhado para a realização de exames de sangue (VDRL) e também teste rápido, exame baseado na presença de lesões típicas na pele e mucosas disseminadas, além da coleta do chamado líquido cefalorraquidiano. Em Minas Gerais, os usuários encontram esse exame disponível nos Centros de Testagem e Aconselhamento/Serviço de Atenção Especializada (CTA/SAE). O tratamento da sífilis é feito, na maioria dos casos, com a penicilina e pode durar, em média, de 7 a 14 dias, dependendo da fase da doença. A parceira ou parceiro sexual de quem já está fazendo o tratamento também precisa realizar os exames para diagnóstico da sífilis e, em caso de resultado positivo, deverá passar pelo tratamento para evitar a reinfecção. Jordana Lima reforça que pessoas que tiveram contato sexual sem proteção ou, ainda, caso haja a manifestação de algum sintoma característico da doença, devem buscar uma Unidade Básica de Saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

content_materiafernanda_sifilis_1

 

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *