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O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) Maria Pirola completa um ano de funcionamento no antigo prédio da Câmara Municipal.

Na tarde da última terça-feira, 31, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) II Maria Pirola fez um ano de funcionamento no antigo prédio da Câmara Municipal. Em sua própria sede localizada na Praça José Adolpho, 28, os mais de trezentos pacientes atendidos pelos profissionais do CAPS, a imprensa e os convidados estiveram presentes nas festividades.
“Hoje (31), temos a festa dos aniversariantes e de um ano do CAPS, estamos recebendo convidados como autoridades e está aberto ao público. No dia 8, vamos ter um bazar beneficente com artesanato, roupas novas e calçados novos usados e bijuterias, das 9h às 16h, no pátio do CAPS. Esse bazar beneficente vem contribuir com as nossas necessidades”, disse a coordenadora do CAPS II Maria Pirola, Leonice Wojcik.
A coordenadora destacou que casos como depressão grave, tentativa de suicídio, problemas com álcool e transtornos psicóticos são tratados pelo CAPS. “Enfim, toda a pessoa que chega aqui é avaliada pela equipe e se tiver as condições de ficar, ela vai ficar aqui, senão será encaminhada para as unidades [de saúde] e hospital geral. É toda uma rede de atenção e nós fazemos parte dessa rede. Temos cadastrados 367 pacientes em um ano, agora que vem todos os dias, duas ou três vezes por semana, uma vez por mês, nós temos cerca de 150 a 160 pacientes”, salientou a coordenadora do CAPS.
De acordo com ela, o antigo prédio da Câmara Municipal tem mais condições de atender uma grande demanda de pacientes que sofrem de transtornos mentais. “Então, isso é positivo, além de dar oportunidades de atender casos graves em Araxá e região. Nós estávamos sem esse espaço e essa possibilidade e aqui as pessoas já adotaram como casa delas, já vem, participa, opina, reclama, então, já é um espaço único para muita gente”.
O paciente Wílson Souto afirmou que o CAPS lhe ajudou bastante em sua recuperação. “Muita alegria, muitas coisas boas que a gente passa aqui principalmente dos funcionários e dos amigos. Eu não sou daqui e sim de Montes Claros, fiz o tratamento e graças a Deus estou bem. Cheguei aqui pensando em coisa ruim, muita depressão, passei por muitas dificuldades na vida”, contou Wílson, de 40 anos.
O argentino Fabian Luís, 46 anos, ressaltou que o CAPS é a sua família. “Eu sou equisofrênico, tenho paranóia e distúrbio de personalidade e sei que meu caso não tem cura, mas através do CAPS que tem psicólogos, psiquiatras e remédios de graça, sou uma pessoa melhor porque antigamente as pessoas me colocavam em camisa de força e aqui sou tratado com muito carinho”, comentou o paciente que é natural de Córdoba.
O promotor de justiça Dr. Marcus Paulo Queiroz de Macêdo ressaltou a importância do trabalho do CAPS para o município. “O sec. 21 impõe uma luta antimanicomial e o CAPS é uma realização desse projeto moderno da medicina. Esperamos que isso seja realmente efetivo e continue prosperar aqui na nossa cidade, inclusive estamos cobrando isso já há mais de dois anos da Prefeitura de Araxá e fico feliz em ver que foi implantado”, argumentou o promotor Dr. Marcus Paulo.
Leonice destacou que a saúde mental está em todo o município na atenção básica, no CAPS e também no hospital da Santa Casa de Misericórdia. “Então todas as unidades tem uma equipe mínima em atendimento a saúde mental e a equipe que está aqui no CAPS hoje era a que estava na antiga Policlínica. Nós deslocamos para esse espaço para atender os pacientes com conforto”, finalizou a coordenadora do CAPS II.
Para mais informações sobre o trabalho realizado pela equipe na saúde mental, o número é (34) 36917137.

Por admin

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