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A legalização do jogo poderá revitalizar o turismo e fortalecer a economia  do município

jogo araxa 4A legalização dos jogos de azar no País, embora seja um tema polêmico, voltou ao centro do debate político depois de ser cogitada como uma das alternativas do governo federal para aumentar a arrecadação e cobrir o rombo de R$ 30,5 bilhões previsto no orçamento para 2016. Esta semana (dia 25 de novembro), o assunto foi tema de uma audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados para discutir a situação dos cassinos no Brasil. O debate foi proposto pelo deputado Herculano Passos (PSD-SP), que é presidente da Frente Parlamentar em defesa do turismo. Ele quer contribuir para a discussão do marco regulatório dos jogos no Brasil, que está sendo discutido por uma comissão especial na Câmara. Herculano Passos aponta a geração de empregos e o aumento da arrecadação de tributos como principais vantagens da legalização do jogo no País. “Tem jogos aqui clandestinos que não são taxados, que não é cobrado imposto. Além de regulamentar o jogo, as pessoas que jogam, brasileiros que vão jogar fora, jogariam aqui e o dinheiro ficaria no Brasil e também pessoas de outros países que visitam o Brasil poderiam jogar aqui também trazendo mais recursos de fora para dentro do Brasil.” O marco regulatório dos jogos no Brasil reúne mais de dez projetos de lei sobre a legalização de bingos, cassinos, jogo do bicho, jogos pela internet e caça-níqueis. O presidente da Associação Brasileira de Resorts, Luiz Daniel Guijarro, disse que a legalização dos cassinos permitiria um aumento das taxas de ocupação dos resorts no País e dobraria o faturamento do setor. Segundo ele, mesmo com a crise, em 2015, o segmento de resorts deverá fechar com R$ 1,8 bilhão de receita, quase R$ 100 milhões a mais do que no ano passado. As projeções feitas caso os cassinos sejam legalizados apontam que a receita seria de R$ 2,16 bilhões. O presidente da associação informou que a média de ocupação dos resorts brasileiros é de 60% ao ano e que aumentaria consideravelmente se houvesse a regulamentação dos jogos.  A ideia de ressuscitar o debate em torno da legalização dos jogos não veio exatamente do governo. A proposta foi levantada na reunião da presidente Dilma com senadores  e foi apresentada pelo deputado Benedito Lira (PP-AL).  O presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, informou que o jogo ilegal no Brasil movimenta R$ 18 bilhões. Para ele, o País tem um potencial em várias cidades do interior e será benéfico para a economia se os cassinos forem legalizados. Alexandre Sampaio acrescentou que só com os cassinos, o setor de turismo teria mais 400 mil postos de trabalho e ganharia mais investimentos internacionais. Ele também defendeu a possibilidade de cassinos nas capitais, mas ressaltou que o foco seria a interiorização dos empreendimentos. Para o presidente da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux, Márcio Santiago, o Ministério do Turismo deveria ser responsável pela regulação, fiscalização e arrecadação dos impostos relacionados aos cassinos. “O Brasil é o 4º país que joga nos cassinos de Las Vegas. Nós saímos daqui para jogar lá fora. São divisas que o Brasil deixa de receber”, disse. O ministro do Turismo, Henrique Alves, também defende  a legalização dos jogos de azar no País. Ele disse que pesquisou a legislação de diversos países como  Inglaterra, Espanha, Portugal, Argentina e Uruguai e que, com base nessas normas, elaborou uma proposta de lei para o Brasil.  De olho nessa possibilidade, a Cirsa, empresa espanhola que opera jogos de azar em diversos países, já está no Brasil, mais especificamente em Minas Gerais, pronta para iniciar suas atividades. Já contando que a legalização pode ser aprovada ainda este ano, o diretor geral da empresa no Brasil, Miguel Zorrilla Santesteban, garante que, se isso acontecer, a Cirsa está pronta para iniciar os negócios a partir do ano que vem. “Tudo vai depender da lei aprovada.  Nesse cenário, Minas se destaca, porque historicamente tem várias estâncias hidrominerais como Araxá, São Lourenço, Caxambu, Cambuquira e Poços de Caldas, que viveram o auge dos cassinos. Daí o interesse da Cirsa em retomar o jogo nesses locais. No ano de 1944, o imponente e suntuoso Grande Hotel de Araxá foi inaugurado para abrigar um cassino que durou pouco tempo, pois logo veio a proibição do jogo no Brasil. Mas o jogo no hotel das águas em dois anos atraiu gente do mundo inteiro, empresários, políticos, artistas e até presidentes. O jogo no Grande Hotel era considerado a alma e principal atrativo do complexo hoteleiro. O assunto já repercute em Araxá e principalmente nos setores voltados para o seguimento turístico. Ontem, à noite, a reportagem do JORNAL INTERAÇÃO conversou com uma pessoa ligada à gestão  do Tauá Grande Hotel do Barreiro, que revelou que existe um otimismo e uma expectativa muito grandes  da direção do complexo hoteleiro em relação à liberação do jogo e consequentemente à reabertura do cassino do Grande Hotel, depois de 69 anos (o cassino do Grande Hotel do Barreiro de Araxá teve as atividades encerradas com a proibição do jogo no Brasil pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, no ano de 1946. A matéria que tem ampla frente de apoio dentro da Câmara dos Deputados deverá ser votada ainda este ano e conta com apoio e lobby do setor turístico do País e do governo federal.casino gh Foto Grande Hotel índice jogo araxa 3 jogo gh jogo taua 5 Jogo Tauá rande hote 5 taua-grande-hotel-e-termas

Por Editor1

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