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Como aconteceu no dia 15 de março passado, milhares de manifestantes brasileiros,  voltaram às ruas e praças das cidades em muitos estados no domingo passado, dia 12 de abril, em protesto contra a corrupção, o PT e a presidente Dilma. Segundo a Polícia Militar, o número de manifestantes em todo o País neste último  movimento, caiu para um terço. Já os organizadores da manifestação popular, o número de protestantes reduziu pela  metade.  Ainda de acordo com a PM e os organizadores do evento, o número de cidades participantes também diminuiu. Mais uma vez o verde e amarelo nas roupas e o clima pacífico deram o tom aos protestos.  Os números finais e oficiais da Polícia Militar revelaram que os atos anti-Dilma reuniram 701  mil pessoas em 24 estados.

A mobilização em Araxá:

A reportagem do JORNAL INTERAÇÃO,  acompanhou de perto a manifestação na cidade de Araxá. O protesto pacífico foi realizado na tarde do domingo (12 de abril) e a concentração mais uma vez aconteceu no largo da Igreja matriz de São Domingos. Seguindo o panorama geral dos movimentos em todo Brasil, o protesto na cidade de Araxá, também teve queda no número de pessoas. De acordo com o Major Fernando Reis, sub-comandante  da Polícia Militar de Araxá, a concentração popular na cidade reuniu em torno de 150 pessoas. O evento foi tranqüilo e acompanhado de perto por um grupo de policiais militares. O protesto durou em torno de uma hora e meia e não teve passeata. Com o reforço de um grupo da maçonaria local, os manifestantes, exibiam panfletos, cartazes e camisetas com palavras de  ordem contra a corrupção, crise econômica, Partido dos Trabalhadores  e a presidente Dilma Rousseff. Vestidos de verde e amarelo, com a cara pintada e nariz de palhaço, a maioria dos manifestantes araxaenses,  defendia o impeachment da presidente da república.

Discursos e indignação:

O movimento pacífico em Araxá, reuniu também empresários, profissionais liberais, comerciantes, imprensa, líderes sindicais, representantes de clubes de serviço, entidades de classe, jovens, crianças, adultos, idosos e estudantes. Vários manifestantes usaram a palavra e fizeram discursos pontuais  elencando como motivo do protesto, principalmente a indignação contra  o Partido dos Trabalhadores  e a gestão política do governo Dilma Rousseff.  Para o aposentado Diamantino Pereira da Silva de 69 anos, disse que, “ ninguém agüenta  mais essa situação imposta pelo PT. O trabalhador, o aposentado e a classe menos favorecida do nosso País, estão sendo engolidos de forma covarde essa presidente que está totalmente perdida e está afundando o Brasil.”   Para a gestora de recursos humanos, Roseana de Fátima Silva, de 23 anos, uma das coordenadoras do movimento,  “ o número menor de manifestantes hoje, não reflete o fracasso do movimento, mas sim  a desesperança do nosso povo sofrido e massacrado por um governo federal incompetente e inoperante.”  O empresário e produtor rural, Fernando Braga de Araújo, também, foi enfático ao dizer que, “ eu estou aqui hoje como um simples cidadão, que veio lutar contra a corrupção nesse País. Porque eu quero dias melhores para os meus filhos, meus netos e para todos nós. Sai da minha casa hoje para dar o meu grito de cidadania. Um grito de um cidadão honesto, trabalhador e que luta por esse País. O eu Brasil merece coisa melhor. Eu sou do tempo da ditadura e somente quem viveu o terror dos anos de chumbo e a violência que era o Brasil é que volta para as ruas para protestar e evitar que um mau pior aconteça com o nosso País.”  A  dona de casa e aposentada Maria de Lourdes Rodrigues Almeida de 66 anos, disse que“ hoje, eu estou aqui, para mostrar que a nossa vida piorou muito com essa presidente. E para que o Brasil não volte a ser um País da ditadura e da injustiça social.”   A empresária araxaense, Regina Aparecida Vasconcelos de Ávila, empunhava uma bandeira gigante do Brasil e disse que “ esse é um momento muito delicado que passa o Brasil, e isto nos deixa com uma insegurança muito grande. A situação não pode agravar mais. Nós pagamos impostos, damos empregos, movimentamos a economia do País e não temos retorno algum. É preciso mudar urgente essa situação e é preciso mesmo ir para as ruas e lutar contra esse momento e essa gente que quer afundar o nosso Brasil. Essa é uma luta de toda família brasileira.” O estudante Gustavo de Lacerda de 17 anos, criou uma página no Facebook, a um ano para combater a corrupção no Brasil. Segundo ele, “ é preciso que todos tenham a consciência que este é um movimento pacífico de cidadania, onde a gente luta por diretos conquistados  e expressos na constituição federal. Nós não podemos ser tão individualistas, pois o Brasil é continental e tem muita gente sofrendo com a situação atual. Eu sou jovem, mas acho que é preciso que os estudantes e os jovens de minha idade abracem essa causa, pois é deste movimento que depende o nosso futuro.”

“Corrupção Nunca Mais”:

Falando em nome da maçonaria de Araxá, o Delegado da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, José Ribeiro Chaves Filho disse que, “ abraçar essa causa foi uma iniciativa da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, agregando as 26 Grandes Lojas do Brasil ( uma em cada estado), com o objetivo de levar  ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular intitulado “ Corrupção Nunca Mais”, com a proposta de provocar a modificações na legislação atual, no sentido de coibir ou dificultar a corrupção no nosso País. Esse projeto é a nível nacional, ele foi desencadeado no último dia 21 de março de 2015 e já estão sendo coletadas as assinaturas  para que possa ser viabilizado o projeto junto ao Congresso Nacional.”

Sobre o Foro de São Paulo:

O empresário Ivan Bionde, um dos lideres do movimento em Araxá, além de expressar toda a revolta e indignação contra o PT e a presidente Dilma Rousseff, também se mostrou muito preocupado com chamado “ Foro de São Paulo” (é uma organização criada em 1990 a partir de um seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil,  juntamente com o cubano Fidel Castro, que convidaram outros partidos e organizações de esquerda da América Latina e do Caribe para discutir alternativas às políticas neoliberais dominantes na América Latina durante a década de 1990  e promover a integração econômica, política e cultural da região).  Segundo o empresário, “para implantar a estrutura política bolivariana nas Américas Central e do Sul, eles derrubam tudo. Vão contra a ética, contra a democracia, contra os princípios morais e de direito e liberdade. E se a gente não abrir os olhos e combater esse “Foro de São Paulo”, corremos um sério risco de nos tornar uma nação dominada pela esquerda ditatorial. A maioria dos presidentes da América Latina  são de esquerda e defendem a ideologia desse  “Foro de São Paulo”, que têm vários braços terroristas na sua estrutura”. Concluindo Ivan Bionde, disse que, “a  corrupção não é o problema, ela  é apenas o pano de fundo para o PT institucionalizar a corrupção no Brasil.” Bionde , disse que, “ a gente sabe que a maioria das pessoas que está nas ruas hoje é por causa da situação econômica, pois quando dói no bolso, as pessoas se sensibilizam mais. Mas a gente quer mesmo é conscientizar o povo dessa cultura ideológica e partidária que aí está com autoritarismo, arbitrariedade  e matando o trabalhador e o cidadão de bem que paga seu imposto.”

Por Editor1

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