Alunos do Cefet Araxá estiveram na Casa da Cidadania em reunião ordinária para reivindicar a votação deste projeto que para o grupo é de muita importância para a comunidade.

A Câmara Municipal recebeu a visita de um grupo de alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) da cidade de Araxá durante a realização da reunião ordinária desta terça-feira, 29. Alunos da instituição defendiam a votação do projeto da Cidade Tecnológica do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba que originalmente recebe o nome de Programa de Apoio à Ciência e Tecnologia em projeto de lei 58/2012 oriundo do Executivo com tramitação no legislativo desde o dia 27 de março. O projeto prevê investimentos de R$ 2,395 milhões e a implantação da Cidade Tecnológica na área do Hotel Colombo que foi desapropriada pelo poder público.

O empreendimento tem como foco o início do processo exploratório e de beneficiamento dos elementos químicos que compõem o conjunto chamado de terras-raras, envolvendo empresas e universidades renomadas do exterior que devem se instalar no município, criando assim um polo de conhecimento.

Alunos do Cefet tomaram conhecimento desta proposta por meio de uma apresentação feita na instituição pelo assessor especial da Prefeitura, Alex Ribeiro, e da secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias, Alda Sandra Barbosa Marques. “O Cefet recebeu na instituição o Alex [Ribeiro] para estar falando do projeto. Ele comentou sobre o que era a Cidade Tecnológica. Através disso, a gente pedia a ele para nos passar os slides das apresentações, enfim, todas as informações necessárias. Nós até já temos imagens com assinaturas de contratos com grandes empresas parceiras do projeto”, contou o estudante de Engenharia de Minas, Thomas Mota.

O estudante disse que fez um abaixo assinado com 1000 assinaturas colhidas pela comunidade de Araxá e entregou ao legislativo solicitando a aprovação do projeto. “A gente vê a participação de grandes universidades americanas como a Colorado Scholl Mines, que é uma das maiores escolas de Minas do mundo e também de empresas de grande renome do Brasil e fora do país, como também da Associação de terras-raras, que desenvolve altas tecnologias. Isso chamou a atenção do grupo. O projeto é viável pois não é importante apenas para nós estudantes, mas também da comunidade de um modo geral”, comentou.

O vereador Marco Antônio Rios (PSDB, colocou em tribuna que também é favorável ao projeto, mas da maneira que o Executivo o enviou para a Câmara Municipal, é inviável a sua aprovação. “Quando ele foi apresentado e lido, nós solicitamos do prefeito [Jeová] e de sua assessoria jurídica informações relativas a esse projeto que solicita a abertura de crédito da ordem de R$ 2,395 milhões para instalar esse Centro Tecnológico, mas não há referência com relação aos cursos, não há um cronograma. A indicação é de que esses recursos serão repassados a Fundação Cefet Minas, mas não está dito isso no projeto de lei. Nós queremos é essas informações complementares e que esse interesse do poder público de repassar esse recurso a Fundação Cefet esteja claro no projeto de lei. E também uma cópia desse termo de convênio que seria celebrado com a Fundação Cefet”, explicou o vereador.

“Esse projeto não assegura nenhum investimento, não há um cronograma de investimentos, não sabemos que serão contratados obras, equipes, se vai haver diárias, temos um processo eleitoral que se avizinha, quer dizer, há menos de 40 dias, o prefeito vai estar impedido de acordo com a legislação de contratar alguns serviços, então, depois disso, vem a eleição no dia 7 de outubro e praticamente 60 dias para o final de mandato. Nós temos muito a esclarecer”, finalizou o vereador.

Durante a reunião ordinária, o vereador Carlos Roberto Rosa (PP), parabenizou os alunos do Cefet pelas presenças na Casa da Cidadania e afirmou que o legislativo é uma grande democracia, mas o projeto não foi votado. Nas próximas reuniões, a Cidade Tecnológica deve ser alvo de mais debates entre os vereadores na Câmara Municipal.