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Neutralidade, verdade absoluta e objetividade são termos imprecisos para explicarem as Ciências Humanas de modo geral e a História de modo particular. Nem mentiras, nem farsas, nem opiniões infundadas. A História é plausível.

A História é um relato narrativo-analítico, retrospectivo, construído pós-evento e fundamentado nas fontes e demais informações disponíveis, elaborada conceitualmente com as ferramentas conceituais da atualidade. Um relato que é expresso utilizando-se da mesma linguagem do cotidiano, aquilo que os retóricos chamam de Língua Natural (exemplo: português, francês), e não uma linguagem artificial própria como acontece com a Química e a Álgebra.  Isso impõe dificuldades, pelas ambiguidades da linguagem cotidiana.

Os historiadores profissionais devem tomar todos os cuidados no seu modo de operar, para não incorrerem na redação de uma interpretação que não resiste a crítica, a revisão pelos pares, a publicidade e a transparência do Mundo da Ciência.

E por que temos que discutir o “modus operandi” da História? A resposta é uma outra observação importantíssima. Porque uma educação científica em História, dita Educação Histórica, não objetiva apenas narrar o que aconteceu no passado aos cidadãos da atualidade, mas igualmente importante é levá-los a se situar no percurso da história humana e compreender como foi possível obter o conhecimento que possuímos sobre o passado, para que essa compreensão lhes permita a construção de sociedades mais justas e democráticas.

 

Prof. Luciano Marcos Curi – Pós-Doutor em História Social – IFTM – Câmpus Uberaba – Contato: lucianocuri@iftm.edu.br

Por Editor1

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