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Domingos Antunes Guimarães.

Quando nos preparávamos para fechar nossa coluna da semana, nos chega a notícia do falecimento de Maria da Conceição das Cruzes Fonseca diante do fato que nos impacta diretamente por laços afetivos com toda a família resolvemos destinar todo o espaço de nossa coluna para prestar esta homenagem.

 

O nome mencionado acima Maria da Conceição das Cruzes Fonseca provavelmente não será imediatamente identificado por muitos de nossos leitores, mas certamente se mencionarmos o nome pelo qual ela se tornou carinhosamente conhecida  por todos na cidade D. Cruzinha ( da AVON) acredito que será bem mais fácil a identificação. Para mim ela começou sendo apenas “a mãe do Ailton” meu primeiro amigo na casa, depois a mãe do José Henrique, do Luiz Carlos, da Ilza, Denise e da Carla com os quais ao longo do tempo estabeleci uma afetividade praticamente de irmão, nos milhares de encontros que tivemos ao longo de tantos anos de convívio. Neste tempo de convívio conheci a dona de casa que dominava a culinária como ninguém e onde ainda menino experimentei o melhor lagarto já degustado em minha vida. Conheci a mãe enérgica que só permitia as brincadeiras se a parte de estudos estivessem totalmente cumpridas. Acompanhei também a mulher empreendedora e empoderada quando estas palavras nem existiam ainda. E comprovei sua preocupação com o próximo quando ela na formação de equipes de vendas para a empresa que representava, promovia reuniões mostrando a elas a importância do trabalho da  mulher para a estrutura familiar. D. Cruzinha foi sempre uma mulher organizada que sabia dividir bem o seu tempo entre a família, o trabalho, a religiosidade e o carinho com os pais irmãos e amigos. Com a “partida” do Sr. José Maria ela assumiu naturalmente as funções de pai e mãe e soube plantar seus ensinamentos aos filhos usando uma semente pura de amor, carinho, bondade e virtudes. Uma semente que germinou no coração de todos produzindo frutos maravilhosos de filhos bem sucedidos em suas carreiras distintas, mas unidos pelos princípios herdados. Frutos que ela pôde ainda colher em vida na forma de netos, genros e noras em memoráveis encontros em sua casa onde ela fazia questão de conduzir os preparativos só aceitando a intervenção de sua irmã e grande escudeira Adair, sua parceira inseparável de todos os tempos.

A “passagem” de D. Cruzinha, tenta nos deixar levar pela saudade a uma dor e tristeza profunda, mas se transformarmos tudo isso nas lembranças boas e positivas que ela nos deixou no coração, conseguiremos perceber que não há motivos para tristezas nem lamentos e sim muita alegria e muito orgulho a ser comemorados. D. Cruzinha vivenciou o seu tempo, construiu sua história e fez de sua trajetória entre nós um exemplo seguido por todos que a conheceram. Esse exemplo ficou bem claro nas palavras do filho Luiz Carlos, quando ressaltou o amor ensinado pela mãe, cultivado pelos filhos e agora repassado aos descendentes, amigos e ao mundo. O plantio que ela fez tão bem, foi recompensado para sempre.

E quem vive no coração das pessoas com amor e alegria, não morrerá jamais.

Por Editor1

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