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Brasília - Os coordenadores do comitê pro-impeachment da presidenta Dilma Rousseff, reúnem-se com o presidente e o relator da Comissão Especial de impeachment, Rogério Rosso e Jovair Arantes, na liderança do PTB (José Cruz/Agência Brasil)

A oposição já contabiliza pelo menos 40 dos 65 votos na Comissão Especial do Impeachment, na Câmara dos Deputados. A projeção foi apresentada nesta terça-feira por deputados que participaram da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment na Câmara. Para que o impeachment seja aprovado e encaminhado para apreciação no plenário da Câmara serão necessários 33 votos (maioria simples dos 65 integrantes). Já no plenário, a aprovação da matéria precisa ser por maioria absoluta (dois terços), o que corresponde a 342 votos dos 513 deputados. Se aprovada, a matéria será encaminhada para apreciação no Senado Federal. Segundo o vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS-PE), o governo contaria, por enquanto, com 150 votos no plenário. Dessa forma, Jungmann visualiza um potencial de 363 votos favoráveis ao impedimento da presidente Dilma Rousseff.  Após participar da reunião de coordenadores do comitê pró-impeachment, o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), disse que o grupo tem “certeza da aprovação” do processo na comissão. “Calculamos pelo menos 40 votos, mas com os fatos que acontecem a cada momento, muitos dizem que só se pronunciarão aos 45 do segundo tempo”. André Moura (PSC-SE) calcula que, no plenário, os favoráveis ao impedimento de Dilma já contam com pelo menos 245 votos. “Mas há alguns que disseram não poder se manifestar publicamente”. Na reunião, os oposicionistas decidiram que cada estado terá um parlamentar responsável por fazer um mapeamento dos indecisos. A previsão deles é de que a matéria seja apreciada pelo plenário na sessão do dia 14 de abril ou, no mais tardar, no dia 17.

Governo

Já o governo tem optado por uma estratégia mais silenciosa na busca por votos, negociando diretamente com parlamentares e deixando de priorizar as conversas com partidos políticos. Por isso, tem evitado apresentar projeções. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) garante, no entanto, que o governo terá votos suficientes “para barrar o golpe”. “Estamos firmes contra os golpistas e teremos votos suficientes para derrotá-los. Não projetamos o placar porque quem fica revelando estratégia é porque não tem estratégia. É uma questão de mais ação e menos firula para a mídia”, disse Guimarães.

Por Editor1

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