A Secretaria de Estado de Educação (SEE) abriu, este ano, a possibilidade de as escolas estaduais reorganizarem as turmas específicas de aceleração. Voltadas aos alunos do Ensino Fundamental que tenham dificuldades na leitura e na escrita, a reorganização visa garantir aos estudantes o direito à aprendizagem. “O que estamos pedindo é que as escolas reflitam sobre esses alunos, suas dificuldades de aprendizagem e pensem propostas pedagógicas que devem ser desenvolvidas para garantir a esses estudantes que eles consolidem o processo da leitura e da escrita”, destaca a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Augusta Mendonça. A Secretaria propõe dois modelos. O primeiro tem como foco o atendimento diferenciado dos estudantes em pequenos grupos. Para os alunos com dificuldades na produção e leitura de textos, a proposta é que seja feito um acompanhamento pedagógico no turno complementar dentro do atendimento da Educação Integral. Outra forma de atendimento também pode ser feita em pequenos grupos na perspectiva de reagrupar os alunos e ofertar o acompanhamento pedagógico no turno regular. O segundo modelo se refere às turmas especificas de aceleração e é destinado aos estudantes com distorção idade/ano de escolaridade. Poderão integrar essas turmas àqueles alunos que estão em processo de alfabetização ou àqueles que estão em processo de consolidação da alfabetização. As turmas deverão contar com um número menor de alunos e com professores que tenham, preferencialmente, um perfil alfabetizador. As atividades propostas deverão ter caráter interdisciplinar. Para realizar a reorganização, as escolas devem elaborar um projeto, com proposta pedagógica, que aponte alternativas de tempos, espaços e recursos necessários para serem implantados nas turmas. O projeto elaborado deverá ser encaminhado para a Superintendência Regional de Ensino (SRE) para aprovação. “As escolas deverão escrever suas propostas pedagógicas para que possamos dar garantias efetivas de funcionamento, tanto de material quanto de pessoal. Para que o processo de aprendizagem desses estudantes seja garantido, é fundamental que as intenções educativas estejam claras”, conclui Augusta. Os projetos deverão ser desenvolvidos ao longo do ano.