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 “O olho é uma extensão do cérebro”. Esta frase já ouvia de um genial professor de oftalmologia, que deixou seu legado científico para a humanidade:

Prof. Dr. Hilton Rocha. É um órgão que jamais poderia ser traumatizado devido à fragilidade de seu conteúdo, pois é protegido apenas pelo arcabouço orbitário e as também frágeis pálpebras, tornando-o suscetível a severos e muitas vezes irreversíveis danos mediante o trauma.

O Brasil, país do futebol, que já viveu por várias vezes o primeiro lugar no ranking da FIFA, lidera, por vários anos, o índice mundial de acidente ocular, seja no trabalho, esporte ou ambiente doméstico. No trabalho, este índice vem caindo devido às normas, cada vez mais rígidas, adotadas por empresas em prevenção de acidentes e conscientização.

Em atividades esportivas, destaco as “boladas”. Futebol e tênis são os grandes vilões. Nestas atividades não se usa qualquer proteção aos olhos, exceto quando o atleta já é portador de alguma doença ocular. É algo a se pensar no futuro…

Já em ambientes domésticos, as crianças são mais vulneráveis, seja pela própria imaturidade inerente à elas ou pelo descuido dos pais. Estes devem “ver” o perigo onde teoricamente não existe, como objetos pontiagudos, quinas de mesas ou paredes, objetos pesados sobre mesas, líquidos em elevada temperatura (gordura quente/ água fervendo).

Também vale uma dica importante: muito cuidado com produtos químicos (limpeza) que provocam severas queimaduras corneanas, podendo levar também à perda visual.

E o que fazer imediatamente após um trauma ocular?

Caso o mesmo seja contuso (bolada ou outra causa) ou pérfuro-contuso, podendo haver ou não sangramento ou perda de qualquer secreção do olho, basta ocluí-lo com um tampão simples (gaze estéril) e procurar imediatamente um oftalmologista, sem realizar qualquer higienização local (lavar com água, por exemplo).

Quando houver acidente ocular com produto químico (álcalis, ácidos, etc…), independente de sua natureza, o melhor é lavar o olho imediatamente com água limpa, se possível estéril e sem jato, de 10 a 15 minutos continuamente, para depois ocluí-lo e ir ao oftalmologista. Jamais usar produtos ácidos em casos de acidentes com álcalis ou vice-e-versa.

Quanto às conseqüências, depende do agente causador, do tempo de exposição do mesmo na córnea (produtos químicos), do pronto atendimento médico e, fundamentalmente, da recuperação de cada olho com tratamento específico. Pode causar simplesmente uma leve irritação ou até mesmo levar à cegueira.

Portanto, o ideal é prevenir o acidente, em especial, protegendo nossas crianças, que são imaturas e estão sob nossa responsabilidade. Nós, adultos, respondemos por nós mesmos. Basta conscientizarmos do problema.

Informações adicionais, porfiriohumberto@ig.com.br

Por Editor1

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