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Qualquer esforço que se faça para mensurar os danos causados por uma tragédia dessa dimensão, seja ela ambiental ou social, será puramente estimativo, para o meio ambiente por mais que se queira medir, fatores diversos impedem um cálculo exato, o que realmente se perdeu da fauna e da flora são imensuráveis  e a recuperação ambiental também será difícil de se apurar e mensurar, só o tempo poderá amenizar as perdas. No aspecto social se torna mais complexo ainda, Deus criou os seres vivos de forma que não existam duas pessoas idênticas. Cada vida que se foi nesta tragédia é insubstituível, a transformação pelos traumas causados pela tragédia nas pessoas que viveram a tragédia jamais serão reparados plenamente, é necessário que haja solidariedade, um bom senso e um equilíbrio e sabedoria para que a vida continue para todos os que de uma forma ou outra tiveram perdes, para que consigam suportar as dores e dificuldades. Se a tragédia de Mariana não foi suficiente para como exemplo evitar o acidente de Brumadinho, que haja uma forma de buscar as responsabilidades, mostrar os verdadeiros culpados e de uma forma justa e equilibrada tentar mesurar as responsabilidades de cada um, que também, se analisar categoricamente pode se tornar imensurável. Acredito que a culpa vai muito além das cinco pessoas que foram presas, devem sim pagarem pelas responsabilidades que detinham, mas nesse momento precisa-se analisar friamente para que não transforme a tragédia maior do que ela é. Multas, indenizações, processos e cobranças devem existir mas, se tem que levar em conta os valores que ainda existem  em toda a situação. Tem que se analisar que a “empresa” Vale é a que menos tem culpa nessa imensurável tragédia, pelo contrário, ela é detentora de uma responsabilidade social fantástica, gerando riquezas das quais não existem muitas no mundo, dando subsistência para um números imensurável de pessoas, órgãos e entidades, que são totalmente dependentes dela, principalmente hoje a cidade de Brumadinho, é totalmente dependente da “empresa” Vale,  se neste momento usarem da incoerência, do aproveitamento da situação, da falta de sabedoria e cobrarem da “empresa” Vale, valor que possa comprometer a sua sustentabilidade, sem ser feito uma avaliação justa, equilibrada,  poderá simplesmente estarem matando a “galinha dos ovos de ouro”. Portanto para que não se potencialize mais esta tragédia, deve se fazer uma cobrança para os culpados, dentro de um equilíbrio, de uma responsabilidade e de muita justiça para o bem de todos de bem. Se ao invés de tirar da riqueza da “empresa” e transferir o débito para os verdadeiros culpados, que não são poucos, buscando desde a ponta pirâmide, que envolve um número estrondoso da corrupção: O lobby com os políticos, os pagamentos de propina, políticos e empresários corruptos,  os  políticos que não aprovaram mudanças, o chefe maior que não exigiu ou permitiu que o errado continuasse, e assim por diante.

Jornalista Maurício de Castro Rosa

Por Editor1

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