Logo Jornal Interação

Mesmo com muita chuva durante o fim de semana, a Ironman Catarina conseguiu baixar 52 minutos em seu tempo em relação a 2016, tornando-se, novamente, Ironman em Florianópolis.

 O cenário de um megaevento desta natureza impressiona pelo número de participantes – mais de 2.000 atletas de 40 países – pela estrutura montada, pela dimensão e representatividade que ele alcança e, principalmente, pela vontade, determinação e coragem que é demonstrada por cada participante, seja em qual for a categoria, eles transmitem um sentimento generalizado de missão cumprida, a admiração do público que assiste é por todos os participantes. Qualquer um que saiba o significado de um esporte sabe da dificuldade e disciplina que é [necessária para] ser um triatleta. Todos são vencedores, e o público se emociona e encanta com isso.”

Pela 17ª vez, Florianópolis realizou, no dia 28 de maio, o seu já tradicional IRONMAN.  Foi considerada a melhor competição de todos os anos em termos técnicos. Os britânicos Tim Don e Susie Cheetham foram os vencedores da disputa. Tim não só venceu como quebrou o recorde mundial com o tempo de 7h40min23 – antes era 7h44min29. Susie estabeleceu a melhor marca para a prova feminina dentre as 17 etapas na capital catarinense.

Representando a cidade de Araxá e confirmando o crescimento técnico, a triatleta araxaense Catarina Almeida Porfírio, superou o desafio de 3,8km de natação, 180,1 km de ciclismo e 42,2 km de corrida, reduzindo seu tempo em 52 minutos.

Pra manter esse nível, com certeza, uma prova de IRONMAN exige muito mais do que dedicação e treinamentos. Catarina contou ao  Jornal Interação um pouco deste desafio, da preparação, das dificuldades, superação, emoções e alegria para superar as mais de 15 horas de prova.

 

Ter feito o IRONMAN 2016 foi uma experiência tão transformadora que, poucos dias depois de fazê-lo, me inscrevi no IRONMAN 2017”.

“Usei a experiência do primeiro Iron para trabalhar minhas dificuldades!

Fiquei um mês só com treinos de recuperação ativa, sem volume nem carga.

Nos três meses seguintes, fiz treinos só de manutenção e  aproveitei minhas férias para fazer uma prova de distância de meio Iron (113km) em Tirol: Challenge Walchsee, na Áustria! 

Em outubro, senti necessidade de poupar meu corpo do impacto da corrida, recebi um diagnóstico de  inflamação crônica em um dos tendões do tornozelo. Decidi, então, focar no que sei fazer melhor: a NATAÇÃO!

Nesse período, fiz duas provas e, nelas, tive os resultados surpreendentes.

A primeira foi a segunda etapa do TRITEX, em Brotas (SP). Dentre os 82 nadadores, fui segunda GERAL, fechando os 1.500 metros para 21:59, perdendo por apenas dois segundos da primeira colocada.

A segunda experiência foi mais desafiadora: a convite de um dos mais renomados nadadores de águas abertas do Brasil, Samir Barel, me inscrevi em uma maratona aquática de 7K, no mar de Caraguatatuba. Planilhado por Samir, treinei 8 semanas específicas para esse desafio, período no qual nadava 16K por semana.

Fechei os 7K com pace de 1:54 que, para um triatleta, é considerado excepcional. Fiquei muito feliz! 

O ano virou, e, com ele, comecei os treinos específicos para o Iron. Nessa fase, decidi fazer um controle alimentar rigoroso, uma suplementação correta e optei, também, por cortar radicalmente açúcar e bebida alcoólica!

Como provas-treino, fiz uma, o triathlon short da Apuana Cross Trail em  uma maratona Aquática de 5K, fechando com pace de 1:51. Ambos aconteceram em Uberlândia, e fui campeã da categoria nos dois eventos! 

Em abril, fiz o Challenge, em Brasília, para treinar prova com distância de meio Iron, duríssima, com baixa umidade e sol escaldante!

Por fim…

Veio o Iron!

Comecei meu processo de preparação específico da prova nos 7 dias que a antecederam. Minha alimentação foi toda programada, bem como minha recuperação!

Fiquei atenta para não ficar muito tempo na feira do Iron, para dormir cedo, comer e hidratar corretamente… Aliado a isso, larguei mais confiante, pois, afinal, eu  já era uma IRONMAN, já tinha superado a prova no ano anterior, e essa constatação me fortaleceu emocionalmente!

Conclusão: fechei uma natação para 1:10, com pace de 1:50, tempo excelente, bem superior ao médio oficial da minha categoria. Fechei a bike com 6:48, fazendo média de 26km nos 180km, o que me deixou muito satisfeita e bem próximo da média da minha categoria.

Na corrida, já cansada, corri/trotei a maratona com a energia que sobrou! 

Mas, ao final, fechei com o tempo de 15:20, 52′ a menos que em 2016.

Foi um salto! Foi extraordinário! Atribuo essa melhora ao respeito que passei a ter pela prova. Me comprometi integralmente a chegar inteira para largar, e é esse compromisso que fez toda a diferença! 

Agora é descansar, recuperar o corpo, curtir o título de IRONMAN pela segunda vez!

 

O IRONMAN Florianópolis 2017 é uma realização da Associação Brasileira Esportiva Social e Cultural Endurance (ABEE), com organização da Unlimited Sports e patrocínio de Mizuno, Porsche e Omint. O apoio é da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura de Santa Catarina (Fundesporte), Governo do Estado de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis e Fundação Municipal de Esportes (FME/Fpolis), Localiza, Oakley, Gatorade, Aquasphere, Shimano, Net, Outback, Unimed Florianópolis, Fetrisc, Eu Atleta e Trisport.

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *