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Foto Tadeu Casa do Caminho 1Um dia depois de a empresa  CBMM anunciar um repasse no valor de  1 milhão de reais para a Casa do Caminho de Araxá, 22 de dezembro de 2015, a  direção da entidade, o sr. José Tadeu da Silva, fez uma reunião com a imprensa local para informar que a instituição acumula uma dívida de R$ 2,1 milhões e um déficit mensal de R$ 500 mil. Durante a entrevista coletiva, Tadeu foi curto e grosso ao anunciar que “essa dívida foi acumulada com o passar dos tempos”. Ele disse, ainda: “Algumas empresas nos ajudaram com R$ 1 milhão no começo do ano. Agora, no final, mais R$ 1 milhão. Eu precisaria de R$ 2,8 milhões. Para fazer essa redução agora, eu vou virar o ano com uma d
ívida. Vamos continuar a longa permanência, hospital psiquiátrico e a parte de fisioterapia”. A pior notícia repassada pelo fundador da Casa do Caminho foi  de que com a medida tomada, serão fechados os sete leitos de UTI e 30 leitos da clínica médica. Tadeu foi enfático ao revelar que não consegue dormir sabendo que está devendo e que essa dívida só tende a crescer a cada dia. “A gente é muito correto com as nossas coisas. Esse dinheiro da CBMM é muito bem-vindo, mas, no mês que vem, a dívida vai continuar e aumentar, porque a gente não pode contar com ele todo mês. Vale lembrar que a situação deve atingir também o quadro de funcionários, porque o salário deles está atrasado. Tem quatro meses que os médicos não recebem. O déficit mensal está em torno de R$ 500 mil. E desta forma, teremos que demitir imediatamente cerca de 90 profissionais. E não é só isso:  depois que a gente conseguir  quitar a dívida, teremos que fazer uma redução perto de 120 funcionários. É uma situação insustentável, porque se a gente teimar em continuar, no mês de março de 2016, a nossa dívida vai superar  a casa dos seis milhões de reais”. Indagado a respeito da posição da Prefeitura de Araxá sobre a medida tomada pela direção da Casa do Caminho, Tadeu revelou: “Nós chegamos a oferecer à Prefeitura de Araxá  a municipalização dos serviços e  atendimentos médico–hospitalares, mas o prefeito disse que não tem interesse em hospital. Já a  CBMM também informou que não interessa de tapar buraco de hospital e manter a saúde da cidade. Essa não é a política da empresa. É por isso que a partir do dia 30 de dezembro de 2015, a entidade manterá apenas o atendimento de longa permanência, hospital psiquiátrico e fisioterapia”. O atendimento pelo SUS também foi suspenso ontem (dia 30 de dezembro de 2015). Até o fechamento desta edição, a produção do JORNAL INTERAÇÃO tentou entrar em contato com a Prefeitura Municipal de Araxá, mas não conseguiu uma posição da atual administração municipal de Araxá para comentar o assunto. 

 INTERAÇÃO NAS RUAS

Para repercutir o assunto, o JORNAL INTERAÇÃO foi às ruas da cidade. Segundo seu Jorge Fortan Neves, aposentado de 67 anos, “é lamentável ver uma cidade tão rica como Araxá não ter uma saúde pública digna. O Tadeu era um suporte muito importante na saúde de nossa cidade. Se com ele já estava ruim, imagine agora, sem ele!” Dona Elvira Martins Olegário, dona de casa de 56 anos disse: “é com tristeza que a gente recebe uma notícia dessas. Para os pobres de Araxá que dependem tanto da saúde pública, esse foi um presente de natal ao contrário, muito ruim mesmo!” O estudante Jorge Osvaldo Cintra Júnior disse que, “isso não é de assustar não. No Brasil, tudo é desse jeito. Mas em Araxá, a cidade do nióbio, da cassação do prefeito e de vereadores, a gente pelo menos imaginava que depois da mudança na prefeitura, tudo seria diferente; mas parece que piorou com o Aracely e a Lídia”. Seu Luiz Carlos Honório de Oliveira, 78 anos, aposentado: “Olha, eu precisei da Santa Casa no mês passado e fiquei esperando para ser atendido por mais de 5 horas. Agora, com essa notícia de que o Tadeu vai fechar o hospital dele, o jeito é a gente rezar muito para não adoecer em Araxá, porque se isso acontecer, o jeito é encomendar o caixão.” Joana D’arc Felisberto, 45 anos, diarista: “Eles falavam que a saúde nos tempos do dr. Jeová era ruim e até tiraram ele da prefeitura; hoje a vice é a secretária de Saúde, e a coisa piorou!

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Por Editor1

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