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10 anos com Francelino Cardoso

26//06/2015- 19:04

PorEditor1

jun 26, 2015

AS MARAVILHAS DO RIO SANTO ANTÔNIO

A quantos anos ali não voltei a pescar, desde a década de 70, que saudade daqueles companheiros daquela gente tão amiga que ali reside, ou melhor, residia, pois foi a tantos anos.

Lembro daquele carnaval…

Na sexta-feira ali pelas 13 horas já estávamos na estrada já admirando a paisagem da Lagoa Seca aquele chapadão sem fim e pouco depois as serras maravilhosas e ao fundo já avistávamos a linda Serra da Canastra. Sua fauna era muito grande, desde as harpias (os grandes gaviões somente ali encontrados, com quase 1 metro de altura pousados e mais de 2 metros de envergadura de asas), também tamanduás bandeira, emas, seriemas, perdízes, codornas, inhambús e muitos outros animais, pássaros e passarinhos.

Cada momento uma surpresa, sempre com muita atenção na estrada e também na lateral da estrada onde em barrancos as famosas caninânas estavam tomando sol, era por sí uma vagem maravilhosa, pois como passava rápido.

Somente lá pelas 20 horas, muito empoeirado estávamos chegando na fazenda do saudoso amigo.

Chico Henrique, na ponte de madeira que dava acesso a São Roque de Minas.

Henriquinho nos recebia com aquele peculiar sorriso de bom anfitrião, muito educado, prestativo e um excelente parceiro na barraca principalmente no jogo de truque.

Lá pelas 22 horas já estavam armadas as barracas, tudo ok dizia meu amigo Pararaio o melhor cozinheiro do Brasil segundo a nossa turminha.

Ele já estava preparando o jantar, arroz de forno (sem forno), frango a molho pardo, linguiça frita, mandioca cozida e frita e seu famoso feijão tropeiro, como cozinhava bem o Pararaio jantamos muito bem pois estávamos com muita fome.

Nossa barraca foi armada muito perto do grande tanque, assim sendo para pescarmos bastava andar alguns metros e já estávamos no melhor pesqueiro.

O tanque era muito grande e fundo, assim sendo ali estariam os grandes surubas, dourados e principalmente dos mandi-açu, peixes mais procurados daquele rio.

Pescamos noite adentro, lembro que fomos deitar lá pelas duas da madrugada. E já ás seis da manhã, já estávamos pescando novamente.

A aurora ali era maravilhosa, o rei do universo com seus raios multi cores tingia o céu azul, revoada de pássaros davam ainda mais alegria e aquele tão bonito nascer do dia, ao mesmo tempo um grande bando de macacos guaribas com urros ensurdecedores anunciavam a sua presença.

Tudo era maravilhoso, a aurora, o ambiente, o rio Santo Antônio, era a vida selvagem, era o mundo isolado, era a vida de ar puro e de quebra de rotina que nos fazia gostar tanto daquele lugar e hoje é a minha saudade, de tudo aquilo e de todos aqueles…

“A crônica ‘As Maravilhas do Rio Santo Antônio’ marcou de forma brilhante a estreia do nosso estimado articulista Francelino Cardoso, no Jornal Interação, na edição 104, publicada no dia 24 de Junho de 2005. Uma década depois, a direção deste semanário, republica o artigo acima, para comemorar os 10 anos das ‘Crônicas do Francelino Cardoso’ e eleva os agradecimentos ao amigo e contador de causos, Francelino!”

Por Editor1

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