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A lente de contato é um artifício óptico que se acopla na superfície corneana,para fins diversos, como correção de ametropias (“grau”), alterações no epitélio da córnea (lubrificação precária), pestanejar incompleto por problemas neurológicos, e até mesmo para alterar a “cor dos olhos”, com uso de lentes de contato coloridas.

No dia a dia do consultório, quando indico lentes de contato, ouço muito frases como “isso deve ser difícil”, é muito trabalhoso ter que tirá-las todas as noites…” “deve incomodar muito…”. A realidade é que o leigo tem uma visão pessimista deste recurso óptico, sem sequer conhecê-lo. Para aqueles pacientes que tém uma boa indicação de uso de lentes, aconselho um teste prévio. Neste procedimento, o paciente é orientado como colocar , usar e conservar uma lente de contato. Enquanto isto, ele sente a própria lente no olho e vê que não é tão insuportável assim. Obviamente para cada problema ocular existe uma indicação distinta. Basicamente existem dois tipos de lentes de contato: as de um material mais delicado (gelatinosas) e as rígidas de  fluorcarbono, mais modernas e seguras que suas antecessoras de polimetilmetacrilato. Estas são indicadas para astigmatismos elevados e são mais intolerantes. As gelatinosas (mais confortáveis) corrigem grande parte dos problemas oculares, incluindo astigmatismo moderado, miopia (baixa de visão para longe), hipermetropia (longe e perto) e presbiopia, a famosa “vista cansada”. Após quarenta anos, em média, o cristalino do olho perde sua elasticidade, cuja função era a acomodação visual para perto, causando a presbiopia. Esta tem como opção terapêutica o uso de óculos para perto ou a técnica da monovisão, usando lentes de contato.

Como o nome diz, um olho fica corrigido para longe e o outro para perto. Parece estranha, mas esta técnica é inovadora e utilizada por présbitas no mundo todo, dispensando os incômodos e inseparáveis óculos para perto.

São poucos os casos nos quais a lente está contra indicada, mencionados a seguir:

  • Olho seco (deficiência de lágrima e alterações em pálpebras);
  • Inflamações dos cílios e superfície palpebral (blefarites de repetição);
  • Alterações degenerativas na córnea e conjuntiva (pterígios elevados);
  • Algumas doenças reumatológicas que causam inflamações oculares.

Como para cada dioptria (“grau” do olho) existe uma lente específica, a

abrangência é enorme, com número de adaptações cada vez maior, tanto pelas inovações tecnológicas das lentes, quando pelo conforto que proporcionam ao paciente. E o mais almejado: independência dos óculos, sem ter que se submeter a procedimento cirúrgico, sobre o qual abordei na próxima coluna.

                   Para informações adicionais, porfiriohumberto@ig.com.br

Por Editor1

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